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Lula diz que guerra tarifária só começa se responder Trump

Em Santiago, no Chile, durante evento internacional sobre democracia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, nesta segunda-feira, 21, que uma disputa tarifária com os Estados Unidos só terá início se ele responder ao presidente norte-americano, Donald Trump, caso não haja mudança na postura adotada pelos EUA até o momento.

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“Nós não estamos numa guerra tarifária”, afirmou Lula. “Guerra tarifária vai começar na hora que eu der resposta ao Trump, se não mudar de opinião. Porque as condições que o Trump impôs não foram condições adequadas. Ninguém pode, sabe, ameaçar um partido com uma decisão judicial. Quem sou eu para tomar a decisão diante da Suprema Corte?”

O petista, que compareceu à capital chilena acompanhado dos ministros Mauro Vieira, das Relações Exteriores, e Gleisi Hoffmann, das Relações Institucionais, participou de jantar oficial promovido por Gabriel Boric, presidente do Chile. O encontro contou com a presença do chefe de Estado do Uruguai, Yamandú Orsi. No país, também estão Gustavo Petro, da Colômbia, e o primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez.

Lula fala de tensão entre Brasil e Estados Unidos

O presidente dos EUA, Donald Trump, fala com repórteres ao embarcar para a Pensilvânia, partindo do gramado sul da Casa Branca em Washington, D.C. EUA (15/7/2025) | Foto: Reuters/Jonathan Ernst/Foto de arquivo

O contexto da visita de Lula ao Chile se intensificou em razão da recente decisão dos EUA de impor tarifa de 50% a produtos brasileiros a partir de 1º de agosto. A medida foi anunciada por Donald Trump como resposta à suposta perseguição judicial ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Paralelamente, o Escritório do Representante de Comércio dos EUA iniciou investigação sobre práticas comerciais do Brasil.

Autoridades dos EUA pressionam pela suspensão de processos no Supremo Tribunal Federal (STF) contra Bolsonaro. Contudo, segundo decisão do ministro Alexandre de Moraes, o ex-presidente segue em monitoramento por tornozeleira eletrônica, desde a última sexta-feira, 18.

Leia também: “Soberania para roubar”, artigo de J.R. Guzzo publicado na Edição 278 da Revista Oeste

“O cidadão que ele defende tá sendo julgado por um crime que ele cometeu e que está nos autos do processo, dito por eles próprios, não é por mim”, afirmou Lula. “A segunda coisa é que nós, no Brasil, vamos fazer respeitar as leis para as empresas brasileiras e para as empresas americanas.”

Lula reforçou que não cabe ao Executivo intervir nas decisões do Supremo Tribunal Federal e designou o vice-presidente Geraldo Alckmin para liderar o diálogo com os EUA. O presidente também destacou que o governo aplicará a Lei da Reciprocidade Econômica como resposta a medidas unilaterais contrárias ao Brasil, de modo a permitir adoção de ações proporcionais contra países que prejudiquem a economia nacional.

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