“Há momentos em que o silêncio deixa de ser prudência e passa a ser cumplicidade.” É com essa frase que o colunista Gabriel Sant’Ana Wainer, do jornal Zero Hora, começa o artigo “Sem vergonha de ser antissemita”, publicado nesta sexta-feira, 25. No texto, o autor critica a decisão do governo Lula de retirar o Brasil da Aliança Internacional para a Memória do Holocausto — organização formada por dezenas de países democráticos que atuam contra o antissemitismo.
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Para Wainer, a decisão do Itamaraty, tomada sem anúncio oficial, representa mais do que uma mudança diplomática. “Não se trata de uma entidade ligada a Israel”, esclarece. “Trata-se de uma aliança em defesa da memória das vítimas do pior crime já cometido pela humanidade: o extermínio sistemático de 6 milhões de judeus durante o Holocausto.” Segundo o autor, a saída do Brasil é “simbólica” e revela “a covardia, o ódio e a escolha deliberada de abandonar a civilização para servir a uma ideologia suja, negacionista e cúmplice do terror”.
O histórico antissemita de Lula
O colunista diz ainda que o presidente odeia Israel e despreza o povo judeu. “Lula é um antissemita contumaz”, resume Wainer, ao lembrar o histórico de declarações do petista contra os israelenses. Em uma das gafes, por exemplo, Lula comparou Israel aos nazistas. Mais recentemente, o governo endossou um processo que a África do Sul abriu contra Israel na Corte Internacional de Justiça. A acusação? Genocídio contra palestinos.
Outro ponto destacado no artigo é a atuação do petista diante da guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas. “A frieza de Lula é abjeta”, afirma o colunista. “Ele se recusou a receber a família do refém brasileiro sequestrado pelo Hamas, mas abriu as portas de Brasília para terroristas.”
De acordo com Wainer, Lula não condenou de forma clara os ataques do grupo terrorista palestino em 7 de outubro de 2023. “Não disse o nome do Hamas”, lembra. “Nem chamou o terror de terror. Não ergueu a voz contra a barbárie porque não acredita que isso seja barbárie.”


“Líder fraco, cínico e irresponsável”
O autor observa que Lula “não é neutro, não é moderado e definitivamente não é pacifista”. É, segundo Wainer, um “líder fraco, cínico e irresponsável” por se alinhar “aos inimigos da liberdade, aos aliados do ódio e aos negacionistas da história”.
Segundo o colunista, Lula será lembrado como o presidente brasileiro que não se constrangeu diante do próprio ódio ao povo judeu. “Um presidente que lavou as mãos diante do antissemitismo, que transformou a política externa brasileira num palanque de vergonha mundial e que traiu, por ideologia, as vítimas, a memória e a própria decência”, conclui.
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