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Lula foi alertado por 4 pessoas sobre Silvio Almeida e Anielle

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi avisado por quatro pessoas sobre as alegações de importunação sexual que teriam sido cometidas pelo ex-ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, contra a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, segundo reportagem da revista Piauí.

A publicação afirma que esses alertas aconteceram meses antes do caso se tornar público. Almeida nega as acusações e as classifica como “ilações absurdas”.

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A Piauí informou ter entrevistado essas quatro fontes sob condição de anonimato. De acordo com a revista, uma dessas conversas ocorreu em março de 2024, seis meses antes das denúncias contra Almeida serem divulgadas pelo portal Metrópoles.

Outra pessoa, identificada como um amigo de Anielle dentro do PT, afirmou à publicação que soube do caso cerca de dez meses antes da revelação pública e que, posteriormente, levou a questão a Lula. O presidente teria solicitado ao ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Vinicius Carvalho, que conversasse com Almeida sobre o assunto.

Almeida foi exonerado por Lula um dia depois de as denúncias virem à tona. Ele nega as acusações, e as chama de “ilações absurdas”. Na semana passada, o ex-ministro prestou um depoimento de duas horas à Polícia Federal (PF), que conduz a investigação do caso.

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A Piauí relata que o primeiro episódio envolvendo Almeida e Anielle ocorreu durante um jantar no dia 30 de dezembro de 2022, dois dias antes da posse de Lula. Na ocasião, ele teria comentado: “Nossa, como você está linda e cheirosa hoje”. Anielle respondeu com um “obrigada” e se afastou.

Quatro meses depois, ambos integraram a comitiva presidencial em uma viagem a Portugal. Durante esse período, Almeida teria feito comentários mais diretos à então colega, como que ela lhe dava “tesão”.

Situações semelhantes teriam se repetido nas semanas seguintes, até em maio de 2023, quando Almeida teria colocado a mão sobre a coxa de Anielle durante uma reunião de trabalho.

Leia também: “Silvio Almeida diz que Anielle ‘se perdeu num personagem’ ao acusá-lo de assédio sexual”

Ministra teria relatado comportamento de Silvio Almeida a colegas

Segundo a publicação, a ministra relatou o ocorrido a colegas como Vinicius Carvalho, Alexandre Padilha (à época na Secretaria de Relações Institucionais), Jorge Messias (Advocacia-Geral da União) e Esther Dweck (Gestão e Inovação em Serviços Públicos), além da primeira-dama, Janja da Silva, do diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, e dos presidentes do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros, e do BNDES, Aloizio Mercadante.

Em um primeiro contato, em agosto de 2024, antes do caso se tornar público, Almeida teria negado a Vinicius Carvalho qualquer envolvimento em episódios de assédio ou importunação.

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