Lawrence Maximus – 22/10/2024 17h01
Acreditar que o Lula, companheiro íntimo do Maduro, vai vetar a entrada da Venezuela no Brics é como olhar para o presidente e contemplar cinco dedos em sua mão. Além de contraditório, não passa de uma politicagem fantasiosa.
O próprio partido de Lula (PT) reconheceu a vitória do ditador venezuelano, Nicolás Maduro (Partido Socialista Unido de Venezuela). Em nota, a legenda “saúda o povo venezuelano pelo processo eleitoral” e diz que o pleito foi uma “jornada pacífica, democrática e soberana”.
Segundo informações, o Brasil vetou “informalmente” a admissão da ditadura venezuelana como país parceiro do Brics, a nova categoria de associação que é a grande novidade da 16ª reunião do grupo, que começa nesta terça-feira (22) em Kazan, na Rússia.
Caracas ficou de fora da lista de 12 países que serão convidados. São eles, por região do mundo: Cuba e Bolívia, Indonésia e Malásia, Uzbequistão e Cazaquistão, Tailândia e Indonésia, Nigéria e Uganda, e Turquia e Belarus.
Obviedades, a relação que está sendo costurada pela presidência russa do bloco, ainda não é “final” e pode haver surpresas na reunião dos chefes de Estado e de governo, nesta quarta (23). Portanto, hoje, sob a direção de Lula e do seu chanceler, Celso Amorim, o Itamaraty está plenamente de volta às suas piores práticas.
Com o apoio efetivo ao roubo das eleições na Venezuela, disfarçado de “atitude equilibrada”, o governo joga o Brasil de corpo e alma na quadrilha dos regimes ditatoriais que sustenta Nicolás Maduro – as ditaduras da Rússia, China, Cuba, Irã, Coreia do Norte e outras do mesmo tipo.
A única opção que a diplomacia da mesa de bar não admite, de jeito nenhum, é comportar-se sob a orientação de qualquer princípio moral neste caso. Sua decisão real é fazer exatamente ao contrário: apoiar a fraude para manter Nicolás Maduro no governo.
O governo Lula, na contramão explícita do interesse nacional e a serviço de uma ideologia extremista, se colocou em hostilidade aberta às democracias; Lula desencadeou a maior crise diplomática do Brasil na história…
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Lawrence Maximus é cientista político, analista internacional de Israel e Oriente Médio, professor e escritor. Mestre em Ciência Política: Cooperação Internacional (ESP), Pós-Graduado em Ciência Política: Cidadania e Governação, Pós-Graduado em Antropologia da Religião e Teólogo. Formado no Programa de Complementação Acadêmica Mastership da StandWithUs Brasil: história, sociedade, cultura e geopolítica do Oriente Médio, com ênfase no conflito israelo-palestino e nas dinâmicas geopolíticas de Israel. |
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