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Lula ‘opta por um silêncio cúmplice’ sobre o Irã, diz Estadão

Em editorial publicado nesta terça-feira, 24, o jornal O Estado de S. Paulo criticou duramente o posicionamento do governo Lula sobre a ofensiva dos Estados Unidos contra o Irã. Segundo o texto, a nota do Itamaraty não defende a democracia nem a estabilidade internacional, mas representa mais um gesto de alinhamento do Brasil ao “bloco autocrático global”, formado por regimes como Irã, Rússia e China.

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Para o Estadão, o governo adota um “duplo padrão diplomático” e rompe com a tradição de equilíbrio e prudência que sempre pautou a política externa brasileira. O jornal classifica a postura do Brasil como parte de um “eixo da hipocrisia”, ao lado da Rússia, que condena os ataques norte-americanos ao Irã, mas segue promovendo uma guerra de agressão contra a Ucrânia, sem nenhum pudor.

O editorial afirma que o governo Lula “opta por um silêncio cúmplice sobre a agressividade iraniana”, enquanto condena com veemência as ações dos Estados Unidos e de Israel, ao ignorar que o Irã é, hoje, a maior fonte de instabilidade no Oriente Médio. O jornal ressalta que se trata de um regime que financia milícias como Hamas, Hezbollah e Houthi, além de pregar abertamente a destruição de Israel.

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“Essa inversão de valores não é uma falha pontual, mas parte de um duplo padrão que marca a diplomacia lulopetista: criticar aliados democráticos e alinhados ao Ocidente, enquanto contemporiza com regimes autoritários, repressivos e fundamentalistas.”

Governo Lula ‘reforça sua afinidade ideológica’, diz jornal

O texto destaca que “o governo reforça sua afinidade ideológica com regimes autoritários”, ignorando o fato de que, embora o ataque norte-americano possa ser considerado controverso do ponto de vista jurídico, ele se sustenta em argumentos legítimos, como o direito à autodefesa diante da ameaça nuclear iraniana. Diferente da invasão da Ucrânia pela Rússia, que não possui nenhuma justificativa plausível, mas que, mesmo assim, não recebe do governo brasileiro a mesma condenação.

Ao relembrar o fracasso da diplomacia petista em 2010, quando Lula tentou intermediar um acordo nuclear com o Irã e expôs o país ao ridículo, o Estadão afirma que o atual governo repete os mesmos erros, guiado por uma agenda ideológica. “O que o Brasil ganha com essa adesão à aliança de autocracias?”, questiona. E conclui que “tudo isso só serve para satisfazer a rançosa ideologia antiamericana e antiocidental do lulopetismo”.

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