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Lula silencia ante prisão de terrorista brasileiro ligado ao Hezbollah

A condenação a mais de 16 anos de prisão do brasileiro Lucas Passos Lima, recrutado pelo grupo terrorista libanês Hezbollah para promover ataques terroristas no Brasil, coroa o trabalho da Polícia Federal (PF) em parceria com organizações internacionais, como Mossad (serviço secreto israelense). É o que destaca o jornal O Estado de S.Paulo em seu editorial desta quinta-feira, 12.

Além disso, a publicação avalia que a decisão oferece alento em um momento de recrudescimento do antissemitismo em todo o mundo. Por outro lado, exige que o governo brasileiro adote discurso mais contundente contra o terrorismo — mesmo que isso implique eventual mal-estar com “aliados ideológicos do lulopetismo”, como o Irã.

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Lima foi preso no ano passado, na primeira fase da Operação Trapiche, deflagrada pela PF para “interromper atos preparatórios de terrorismo e obter provas de possível recrutamento de brasileiros para a prática de atos extremistas no país”.

Segundo a investigação, Lima foi recrutado pelo Hezbollah, tendo viajado duas vezes ao Líbano, onde recebeu treinamento para promover atentados terroristas contra a comunidade judaica em Brasília e também na Embaixada de Israel na capital federal.

“Não é remota a hipótese de que o Hezbollah tenha planejado atacar alvos judaicos menos visados no exterior como parte de sua atual campanha militar contra Israel, no contexto da guerra israelense contra o grupo terrorista palestino Hamas — outra organização a serviço do Irã”, afirma o Estadão.

Leia também: “Brasileiro é condenado por integrar Hezbollah e planejar terrorismo no país”

Presidente nem sequer questionou Irã sobre planos do Hezbollah

O jornal lembra que o atentado contra a Associação Mutual Israelita Argentina (Amia) em 1994, em Buenos Aires, que matou 84 pessoas, ocorreu depois de um ataque de Israel a um campo de treinamento do Hezbollah no Líbano que deixou 45 recrutas mortos — e o grupo terrorista, na época, prometeu se vingar em qualquer parte do mundo.

Logo, o mínimo que se esperava era que o governo de Luiz Inácio Lula da Silva ao menos questionasse Teerã sobre os planos terroristas do Hezbollah em território nacional.

“Não se pode ficar em silêncio ante a apavorante possibilidade de que a guerra por procuração que o Irã trava contra Israel use o Brasil como um de seus campos de batalha, ao custo de vidas de cidadãos brasileiros”, avalia o Estadão.

Leia também: “Israel mata comandante do Hezbollah em ataque ao Líbano”

O presidente Lula, como se sabe, tem grande consideração pelo Irã, a despeito do patrocínio de Teerã ao terrorismo e da violação sistemática dos direitos humanos dos próprios iranianos.

O petista poderia ao menos usar essa afeição pelo regime dos aiatolás em favor dos brasileiros ameaçados pelo grupo terrorista libanês.

“Não se tem notícia, contudo, de qualquer manifestação oficial, nem de Lula nem de ninguém do governo — como se os cidadãos judeus brasileiros não merecessem ao menos uma nota de repúdio ao terrorismo”, conclui o texto. “Obviamente, nada disso surpreende, mas não deixa de ser lamentável”.

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