O presidente Lula decidiu, nesta sexta-feira, 27, acionar o Supremo Tribunal Federal (STF) contra a derrubada do decreto que aumenta o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). A decisão aconteceu depois de uma extensa conversa entre o petista e o advogado-geral da União, Jorge Messias.
Os dois viajaram juntos de São Paulo para Brasília na noite desta quinta-feira, 26, e continuaram a reunião no Palácio da Alvorada. O presidente teria delegado a Messias a responsabilidade de definir a estratégia jurídica para a disputa no STF.
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O debate terá como foco a usurpação de competências do Poder Executivo pelo Legislativo. Segundo apuração do jornal O Globo, o governo é unânime quanto à intenção de declarar a inconstitucionalidade da derrubada do decreto pelo Congresso, sob o argumento de que o Legislativo teria rompido a separação de poderes.


Auxiliares de Lula teriam dito ao O Globo que o petista está “muito decepcionado” com a postura do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB). Ele pautou o tema sem avisar ao governo e ajudou a derrubar a medida presidencial.
Psol também quer levar derrubada do IOF ao STF
Na última quinta-feira, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, já havia dito que levar o caso ao STF era uma possibilidade. O Psol, partido da base governista, se adiantou e afirmou nesta sexta-feira que vai recorrer à Suprema Corte contra a decisão do Congresso.
Ministros do núcleo duro do governo, como Rui Costa, da Casa Civil, e a secretária de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, também defendem a disputa judicial do tema.