O Departamento de Estado dos EUA publicou neste domingo, 27 — data em que a Venezuela realiza eleições municipais —, nota na qual faz duras críticas ao ditador Nicolás Maduro e o acusa de ser “líder da organização narcoterrorista Cartel de Los Soles, responsável pelo tráfico de drogas para os Estados Unidos e a Europa”.
A nota lembra que as eleições presidenciais na Venezuela — realizadas há um ano — foram fraudadas, segundo análises dos dados da votação feitas por instituições independentes e, por isso, o governo de Maduro não é legítimo e não é reconhecido pelos EUA.
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“Um ano depois de o ditador Nicolás Maduro desafiar a vontade do povo venezuelano ao se declarar vencedor, sem fundamento, os Estados Unidos permanecem firmes em seu apoio inabalável à restauração da ordem democrática e da justiça na Venezuela. Maduro não é o presidente da Venezuela e seu regime não é o governo legítimo”, começa o texto.
E segue: “Maduro é o líder da organização narcoterrorista Cartel de Los Soles, responsável pelo tráfico de drogas para os Estados Unidos e a Europa. Maduro, atualmente indiciado por nossa nação, corrompeu as instituições venezuelanas para auxiliar o esquema criminoso de narcotráfico do cartel para os Estados Unidos”.
O secretário de Estado, Marco Rubio, compartilhou parte do texto em uma postagem no X. Contas oficiais de órgãos do governo dos EUA, como a Embaixada na Venezuela, reproduziram a mensagem.
Maduro is NOT the President of Venezuela and his regime is NOT the legitimate government. Maduro is the head of the Cartel de Los Soles, a narco-terror organization which has taken possession of a country. And he is under indictment for pushing drugs into the United States.
— Secretary Marco Rubio (@SecRubio) July 27, 2025
Governo ilegítimo de Maduro
A nota do Departamento de Estado dos EUA afirma que “durante anos, Maduro e seus comparsas manipularam o sistema eleitoral venezuelano para manter seu controle ilegítimo sobre o poder”.
Agora, ao realizar eleições na véspera do aniversário da eleição presidencial fraudada de 28 de julho, “o regime mais uma vez pretende mobilizar militares e policiais para suprimir a vontade do povo venezuelano”.
“Os Estados Unidos continuarão trabalhando com nossos parceiros para responsabilizar o regime corrupto, criminoso e ilegítimo de Maduro. Aqueles que fraudam eleições e usam a força para tomar o poder minam os interesses de segurança nacional dos Estados Unidos”, finaliza a nota.
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