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COM ASSESSORIAS – O acompanhamento pré-natal é essencial para assegurar a saúde da gestante e do bebê, permitindo a identificação precoce de possíveis complicações e a adoção de medidas preventivas. No Brasil, embora a maioria das mulheres realize pelo menos uma consulta pré-natal, uma parcela significativa ainda não recebe o acompanhamento adequado.
De acordo com a última Pesquisa Nacional de Saúde, 98,2% das gestantes no país realizaram pelo menos uma consulta pré-natal. No entanto, apenas 88,8% das mulheres com parto a termo ou pós-termo tiveram seis ou mais consultas, conforme recomendado pelo Ministério da Saúde. Além disso, 7,8% das gestantes tiveram de uma a cinco consultas, 1% não fizeram nenhuma consulta e 2,4% não souberam informar o número de consultas realizadas.
A médica ginecologista e obstetra Júlia Alencar, com mais de 16 anos de experiência no acompanhamento de gestantes, destaca a importância do pré-natal completo:
“O pré-natal é essencial para monitorar a saúde da mãe e do bebê, identificar precocemente quaisquer complicações e orientar a gestante sobre os cuidados necessários durante a gravidez. A ausência ou inadequação desse acompanhamento pode levar a riscos significativos durante o parto e no desenvolvimento do recém-nascido.”
Fatores como falta de apoio familiar, dificuldades de deslocamento, desinformação e descoberta tardia da gravidez contribuem para a não realização ou inadequação do pré-natal.
“É fundamental que as gestantes busquem iniciar o pré-natal o mais cedo possível e que tenham acesso facilitado aos serviços de saúde. A educação em saúde e o suporte da família e da comunidade são pilares importantes para garantir um acompanhamento adequado e, consequentemente, um parto mais seguro e tranquilo”, reforça.