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Malafaia comenta inclusão em inquérito do STF

O pastor Silas Malafaia afirma não ter recebido notificação oficial a respeito de sua inclusão no inquérito que investiga a atuação do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) nos Estados Unidos. Entretanto, não tem dúvidas quanto a estar sendo investigado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). 

“Se eu fui incluído no inquérito, ainda não sei, mas que estou sendo investigado, eu tenho certeza”, disse ao Oeste com Elas desta terça-feira, 19. Ele acredita no que foi informado pela GloboNews, a qual classifica como “imprensa oficial de Alexandre de Moraes”. 

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De acordo com o noticiado pelo canal, Malafaia é suspeito de coação no curso do processo, obstrução de investigação de organização criminosa e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito. O pastor diz não ter “absolutamente nada” a ver com nenhuma das práticas mencionadas e acusa Moraes de instituir o “crime de opinião”.

Malafaia destaca que regimes antidemocráticos sempre tentam calar vozes de influência. Ele também desconfia que sua inclusão no inquérito pode estar relacionada ao protagonismo na coordenação das manifestações de 3 de agosto nas capitais brasileiras, que reuniu apoiadores da direita sem a presença da família Bolsonaro. 

Ele também atrela a ofensiva do STF aos rumores de que o pastor venha como candidato em 2026, uma possibilidade repetidamente negada por Malafaia. “Há quatro anos eu faço a mesma coisa”, afirma sobre seu posicionamento político. “Por que só agora?” 

Para o pastor, corroboram para essa hipótese as críticas que fez recentemente ao senador Ciro Nogueira. “Larguei o aço em cima dele” por não ter apoiado o pedido de impeachment de Moraes, afirma. Assim, Malafaia acredita que há uma tentativa de “pendurá-lo no gancho” por eventual especulação eleitoral.

O pastor Silas Malafaia, líder religioso que organizou ato em Brasília, denuncia acordo para barrar anistia | Foto: BRENO ESAKI/METRÓPOLES @BrenoEsakiFoto

Investigação de Malafaia provoca reação de evangélicos

Apesar da investigação, Silas Malafaia não pensa em reduzir o tom de seus posicionamentos. “Se pensam que vão me intimidar, escolheram o cara errado”, disse ao Oeste com Elas. Ele acrescentou que, ao abrir essa frente, Moraes “deu um tiro de bazuca na própria cabeça”.

Isso porque a investigação acendeu um alerta entre parcela significativa dos evangélicos. “Não sou unanimidade no mundo evangélico”, admite. Entretanto, Malafaia destaca que a notícia de sua inclusão no inquérito levou muitos, até mesmo cristãos de linha doutrinária diferente, a defendê-lo. 

“Questões partidárias, políticas, não unem os evangélicos”, avalia. “Mas quando se trata de perseguição, une todo mundo.” Ele mencionou manifestos de pastores que mostram preocupação com perseguição religiosa além da política. 

O fator da liberdade de expressão e religiosa deve inclusive gerar uma resposta dos EUA à investigação, acrescentou Malafaia. “Liberdade religiosa e liberdade de expressão são fundamentos do Estado Democrático de Direito” e indispensáveis na cultura norte-americana, afirmou. 

Aposta que Trump vai ouvir falar, pois está rodeado de líderes evangélicos e tem membros importantes do governo que são evangélicos. “Não se mexe em um líder religioso por opinião política” nos EUA. “É mais um vespeiro que Moraes mexeu”, conclui. 


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