O uso planejado de cercas está transformando a pecuária leiteira brasileira e pode contribuir para o aumento da produtividade e do bem-estar animal. Com estruturas bem planejadas, é possível organizar a alternância de animais, preservar a qualidade da forragem e otimizar o aproveitamento das áreas de alimentação. Esse foi o tema do Raio-x da Pecuária desta semana, quadro do telejornal Mercado & Companhia.
Segundo Vanessa Amorim, analista de mercado da Belgo Arames, o manejo rotacionado é uma das práticas simples que têm garantido ganhos consistentes aos produtores. “Muitas vezes o aumento da produção está ligado a ações básicas, como a divisão correta do pasto e o uso de cercas bem planejadas. Isso intensifica a produção e ajuda a aumentar a renda na atividade”, explica.
Manejo rotacionado e qualidade do leite
A especialista destaca que o manejo rotacionado evita tanto o sobrepastejo quanto o subpastejo, permitindo que os animais mantenham uma nutrição adequada. “Quando o gado se alimenta de forma equilibrada, o leite apresenta mais proteína e sólidos totais, o que melhora o rendimento industrial”, afirma.
Além disso, o sistema contribui para a saúde e o bem-estar do rebanho, preservando a sustentabilidade econômica das propriedades.
Cercas elétricas ganham espaço
De acordo com a analista, não existe um único modelo ideal de cerca e o tipo deve ser definido conforme o sistema de produção. “Temos sistemas confinados, intensivos e semi-intensivos. Mas as cercas elétricas estão ganhando destaque pela mobilidade e pelo custo-benefício”, afirma.
O uso de cercas elétricas permite ajustar o tamanho dos piquetes conforme a lotação animal e a disponibilidade de forragem, facilitando o pastejo rotacionado. “Elas podem ser realocadas com facilidade e se adaptam bem tanto em sistemas a pasto quanto nos confinados”, completa.