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Mao Tsé-Tung proclama a República Popular da China

Em 1° de outubro de 1949, Mao Tsé-Tung anunciou a criação da República Popular da China (RPC), na Praça Tiananmen, em Pequim. O evento marcou a consolidação do regime comunista no país, depois de anos de conflitos intensos entre as forças do Partido Comunista da China (PCC) e o governo nacionalista, liderado por Chiang Kai-Shek.

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A vitória de Mao não apenas selou o destino da China, mas também teve repercussões significativas na geopolítica da época, especialmente para os Estados Unidos. Os norte-americanos se viram diante da ascensão de um governo comunista em um dos maiores países do mundo.

O novo país

Bandeira antiga da República da ChinaBandeira antiga da República da China
Bandeira da antiga República da China | Foto: Domínio Público/Wikimedia Commons
Bandeira da República Popular da ChinaBandeira da República Popular da China
Bandeira da República Popular da China | Foto: Domínio Público/Wikimedia Commons

Naquele dia, Mao se declarou chefe de Estado e hasteou a nova bandeira da RPC, em um símbolo de uma nova era. O Exército, agora chamado de Exército de Libertação Popular, realizou seu primeiro desfile militar.

A proclamação ocorreu em um contexto de crescente tensão da Guerra Fria, com a China se tornando um dos principais aliados da União Soviética. Até por isso, o reconhecimento oficial da RPC pelos EUA só ocorreu em 1° de janeiro de 1979 — um reflexo de anos de diplomacia complexa.

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A data de 1° de outubro se tornou emblemática, celebrada anualmente como o Dia Nacional da China. A celebração extrapolou apenas a fundação do Estado comunista, mas também representa o início de uma nova identidade nacional.

Veja 10 curiosidades sobre a República Popular da China

  • Reforma econômica: em 1978, Deng Xiaoping iniciou reformas econômicas que transformaram a China de uma economia planejada para uma economia de mercado, resultando em um rápido crescimento econômico;
  • Política do filho único: a partir de 1979, a política do filho único foi implementada para controlar o crescimento populacional, mas foi abolida em 2015 devido ao envelhecimento da população;
  • Crescimento do PIB: a China experimentou taxas de crescimento anual do PIB superiores a 10% em várias décadas, tornando-se a segunda maior economia do mundo;
  • Jogos Olímpicos: a China sediou os Jogos Olímpicos de Verão em 2008, em Pequim, marcando sua ascensão como potência global;
  • Urbanização rápida: desde 1949, mais de 600 milhões de pessoas migraram do campo para as cidades, tornando a China um dos países mais urbanizados do mundo;
  • Iniciativa do cinturão e rota: lançada em 2013, essa iniciativa visa à expansão da infraestrutura e do comércio através da Ásia, Europa e além, refletindo a crescente influência da China no comércio global;
  • Internet e tecnologia: a China é líder em tecnologia, com empresas como Alibaba e Tencent se destacando no comércio eletrônico e nas redes sociais;
  • Desenvolvimento militar: o Exército de Libertação Popular se modernizou e tornando-se uma das forças armadas mais poderosas do mundo;
  • Meio ambiente: o governo chinês tem investido em energias renováveis, sendo o maior produtor de painéis solares e turbinas eólicas do mundo;
  • Censura e controle da informação: a China mantém um rigoroso controle sobre a internet e os meios de comunicação, resultando em uma política de censura, conhecida como great firewall.

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