A 5ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo condenou Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, líder do Primeiro Comando da Capital (PCC), e a mulher dele, Cynthia Giglioli Herbas Camacho, por lavagem de dinheiro do tráfico de drogas. Os pais de Cynthia também foram condenados.
Marcola e a mulher foram acusados de usar um salão de beleza, o Diva’s Hair, em São Paulo, como uma empresa de fachada para incorporar o dinheiro do tráfico.
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O desembargador Damião Cogan, relator do caso, concluiu que eles “tentaram dissimular os valores depositados em dinheiro de origem ilícita como operações regulares do salão”.
Marcola foi condenado a 6 anos e 4 meses de prisão em regime fechado. A pena de Cynthia foi de 4 anos de reclusão em regime aberto.
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Marivaldo da Silva Sobrinho e Maria do Carmo Giglioli da Silva, sogros de Marcola, também foram condenados. Eles seriam “laranjas” na compra de uma casa de mais de R$ 3 milhões, com dinheiro vivo, em um condomínio de luxo em Granja Viana. As penas foram de 3 anos de reclusão.
“O pagamento da transação imobiliária em espécie possibilitou a ocultação da verdadeira origem do dinheiro, possibilitando a integração de valores ilícitos como lícitos no patrimônio da família de Marcos Willians”, concluiu o relator.
Decisão do TJ sobre família de Marcola foi unânime
A decisão da 5ª Câmara de Direito Criminal foi unânime. Marcola e os familiares haviam sido absolvidos na primeira instância.
Em depoimento, Marcola afirmou que, desde a sua prisão, “não adquiriu bens ou teve lucro ou ganho com facção criminosa”. Ele está preso em uma penitenciária federal há mais de 20 anos — atualmente cumpre pena na Penitenciária de Segurança Máxima em Brasília.
Em depoimento, Marcola afirmou que, desde a sua prisão, “não adquiriu bens ou teve lucro ou ganho com facção criminosa”.
Para o desembargador Damião Cogan, a justificativa não convence: “É consabido que sendo o ‘líder máximo’ do PCC todos os demais integrantes da facção criminosa têm obrigação de pagar ‘pedágio’ mensal para a mantença dele e dos demais integrantes da cúpula da organização ilícita, sob pena de severas sanções praticadas pelos ‘disciplinas’ da citada organização.”
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Antes de abrir o salão, Cynthia vendia lingerie e perfume na porta de presídios. Hoje, segundo ela, o lucro com o salão gira em torno de R$ 60 mil mensais. Em depoimento, ela afirmou que sofre “perseguição” da polícia e que o negócio é regular.
Redação Oeste, com informações da Agência Estado