Em meio à intensificação da crise em Gaza, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, pediu à ONU, nesta segunda-feira, 28, ação mais firme diante do que chamou de genocídio. Ele afirmou que a aplicação efetiva da lei internacional é imprescindível para lidar com as “graves acusações” que envolvem o conflito na Palestina.
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Durante a conferência, representantes debateram a proposta de criação de dois Estados como caminho viável para solucionar o impasse entre israelenses e palestinos. Representante do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, Mauro Vieira ressaltou que simplesmente invocar tratados internacionais não basta.
“Quando confrontadas com alegações credíveis de genocídio, invocar a Lei internacional não é suficiente”, disse o chanceler. “Temos que aplicá-la com determinação.”
Vieira defende Palestina na ONU


O ministro também destacou que é fundamental apoiar a inclusão da Palestina como integrante pleno das Nações Unidas e manter a separação jurídica entre Israel e os territórios palestinos. Ele relembrou as obrigações internacionais referentes à ocupação dessas áreas.
Mauro Vieira enfatizou que “essas ações legais podem ser tomadas agora com a credibilidade da ordem legal internacional e dependem de uma aplicação não seletiva”. Ele acrescentou ser necessário ter “vontade política e um segmento robusto a esse processo”.


Atualmente, 147 dos 193 países membros da ONU reconhecem a Palestina. No entanto, a criação de dois Estados segue sem apoio dos governos de Israel e dos Estados Unidos.
Mauro Vieira chegou aos Estados Unidos no domingo 27, onde cumpre agenda oficial na ONU. O ministro pretende negociar com autoridades norte-americanas em Washington sobre a tarifa de 50% aplicada pelo presidente Donald Trump aos produtos brasileiros, que entra em vigor na próxima sexta-feira, 1º.
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