Em reunião realizada nesta quarta-feira, 11, a bancada do Movimento Democrático Brasileiro (MDB) na Câmara dos Deputados discutiu projetos do pacote fiscal. Na ocasião, a ministra do Planejamento, Simone Tebet, e o secretário-executivo da Fazenda, Dario Durigan, ouviram reclamações sobre os gastos da primeira-dama, Janja da Silva. As reclamações provocaram um intenso debate no encontro.
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O MDB, que foi crucial na criação do teto de gastos e nas reformas trabalhista e previdenciária no governo do ex-presidente Michel Temer (MDB), mostrou-se dividido sobre as novas propostas fiscais. As preocupações refletem a tensão entre a disciplina fiscal e as demandas sociais.
Críticas à gastança de Janja
Alceu Moreira (MDB-RS), da Frente Parlamentar da Agropecuária, expressou insatisfação com a “gastança” governamental. Ele afirmou que a “festa com dinheiro público tem de acabar”.
Além disso, Moreira afirmou que é inaceitável que Janja permaneça nas redes sociais promovendo gastos milionários sem uma resposta adequada.
Segundo Moreira, os altos custos de viagens, “que envolvem muitas pessoas”, são especialmente preocupantes. Ele solicitou medidas para reduzir gastos desnecessários, com o objetivo de um controle mais rigoroso do orçamento.
Deputado diz que o governo deve mostrar disposição para o sacrifício
O deputado também destacou a necessidade de o governo mostrar disposição para o “sacrifício”. Ele citou o exemplo do governo Temer, que alcançou o equilíbrio fiscal em menos de dois anos.
Segundo ele, à época, o governo não apenas implantou medidas eficazes, mas também comunicou à população os passos necessários para o ajuste fiscal. Moreira também levantou questões sobre a necessidade de cortar supersalários.
Além disso, ele alertou para a resistência que essa medida pode enfrentar no Judiciário, mesmo com leis já estabelecidas que limitam esses salários.