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medidas tomadas pelo governo são ineficazes, dizem analistas

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, se reuniu ontem (28) com lideranças de diversos setores do agronegócio para discutir medidas que possam ajudar o governo a baratear o preço dos alimentos. O ministro ouviu propostas para poder apresentar ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Entre as ideias está a possibilidade de zerar o imposto de importação de alguns produtos como o óleo vegetal.

O governo também considera reduzir o imposto de importação de etanol e milho para controlar os preços de alimentos. A proposta é defendida por parte do grupo inter-ministerial, que foi criado para achar soluções para alta da inflação, porém, encontra resistência do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, e pela pasta da Agricultura.

Alta dos alimentos na visão dos especialistas

O Canal Rural ouviu especialistas que deram opiniões sobre o assunto. Para o economista-chefe da Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul), Antônio da Luz, o que foi discutido até o momento não resolve a situação, pois o problema não está nos produtores.

“Os produtores entregaram a segunda maior safra da história, mesmo com todas as dificuldades climáticas. A inflação dos alimentos está em torno de 8% e os insumos para produção de alimentos, divulgado pelo IBGE, está em 9,48%” Olha o preço dos combustíveis, olha o preço da energia… Quando tudo sobe, não há como não estourar lá na ponta (consumidor)”, disse.

O analista de agronegócio no Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) José Eustáquio Vieira Filho enumerou cinco pontos que o governo vem tratando a questão: subsídios, taxa de câmbio, reforma agrária, taxas de exportações e redução das tarifas de importações.

“Das cinco, a mais efetiva no curto prazo é a redução das tarifas de importação. As outras quatro são ineficazes. Hoje, o Brasil tem uma taxa de subsídio de 1,5%, o que é muito pouco se compararmos com outros países como os Estados Unidos”, afirmou.

O comentarista do Canal Rural, Miguel Daoud usou como exemplo o milho. “O Brasil é um grande exportador de milho. Em 2024, o país exportou quase 40 milhões de toneladas, e nós vamos liberar o milho quando nós temos o cereal aqui, ao invés de segurarmos o produto como uma forma de incentivo ao consumidor e ao produtor? Eu chego à conclusão que nós estamos num mato sem cachorro, tamanha é a incompetência”, disse.

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