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“Memórias duma Baobá” percorre quilombos do Paraná e inspira o podcast “Memórias de Quilombo” | Correio dos Campos

COM ASSESSORIAS – A Coletiva Èmí Wá, grupo de arte e cultura negras reconhecido nacionalmente pela força de sua pesquisa cênica e premiada por sua relevância artística, inicia em setembro a circulação do espetáculo “Memórias duma Baobá” em sete comunidades quilombolas do Paraná. O projeto integra apresentações teatrais, oficinas formativas e a gravação do podcast “Memórias de Quilombo”, e será realizado ao longo de três meses ainda no ano de 2025, com apoio do Governo do Estado do Paraná, da Secretaria da Cultura e do PNAB.

As apresentações acontecem em espaços de convivência e barracões das comunidades de Adrianópolis, Castro, Lapa, Piraí e Ponta Grossa, garantindo o acesso democrático à arte e fortalecendo a memória cultural afro-brasileira.

Além das apresentações do solo “Memórias duma Baobá”, com a atriz Isabel Oliveira, cada localidade receberá a oficina “Memórias de Quilombo”, onde mulheres negras e/ou quilombolas serão protagonistas no compartilhamento de suas histórias e experiências. Esses relatos serão registrados em áudio e transformados no podcast “Memórias de Quilombo”, que posteriormente será devolvido às comunidades e distribuídos às escolas estaduais, assegurando a preservação dessas memórias individuais e coletivas.

“O espetáculo Memórias duma Baobá”, nasceu a partir do impulso de revisitar minhas memórias afetivas e refletir sobre o que permanece de nós. Como mulher negra, me pergunto constantemente quantas das nossas histórias realmente são compartilhadas e preservadas. O processo de escrita começou quando recordei uma promessa que fiz a minha avó, de transformar uma de suas histórias em espetáculo. São essas narrativas repetidas tantas vezes por ela, somada às memórias generosamente doadas por outras mulheres negras, que o público vai poder conhecer. E o podcast surge justamente com esse propósito, de contar e recontar essas histórias, garantindo que ecoem e permaneçam vivas nas vozes dessas mulheres”, disse Isabel Oliveira.

A circulação tem início no dia 5 de setembro, na Comunidade Quilombola João Surá, em Adrianópolis, e segue para outras cidades entre setembro e novembro de 2025, incluindo Ponta Grossa, Lapa, Piraí e Castro.

“Nosso objetivo é promover encontros de memória e afeto, valorizando a presença negra nas artes e no Paraná. Queremos que as histórias contadas pelas comunidades ecoem para além de seus territórios”, afirmou a atriz.

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