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Mercado de ações da Argentina reabre com oferta de US$ 660 mi

Pela primeira vez em mais de oito anos, a Argentina voltou a realizar uma oferta pública relevante de ações. O movimento ocorre em meio à expectativa gerada pelas reformas econômicas conduzidas pelo presidente Javier Milei.

A operação, liderada pelo HSBC, envolveu papéis do Banco Galicia e arrecadou US$ 660 milhões, com forte participação de fundos norte-americanos e europeus. A venda marca a reabertura do mercado acionário argentino a grandes investidores globais.

Segundo fontes do setor financeiro, a procura foi quase inteiramente concentrada em fundos long only. Esses veículos mantêm papéis por períodos mais longos, geralmente apostando em fundamentos sólidos.

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O interesse internacional foi impulsionado por um fator crucial: a decisão de Milei de acelerar o fim dos controles cambiais. A medida, por anos, inibiu o fluxo de capital estrangeiro.

Desde sua posse, o presidente também promove cortes de gastos e sinaliza compromisso com o equilíbrio fiscal. Em outubro, enfrentará um teste decisivo nas eleições legislativas, que vão renovar parte significativa do Congresso.

A precificação dos papéis do Galicia ocorreu no dia 10, com desconto de apenas 5% em relação à cotação de mercado — um sinal da confiança dos investidores. A alta liquidez do banco na Bolsa de Buenos Aires, com média diária de US$ 75 milhões em negócios, também contribuiu para o sucesso da emissão.

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No entanto, a dúvida agora gira em torno da possibilidade de novas ofertas. A operação recente envolveu ações que o HSBC ainda detinha depois de vender, em 2024, suas operações locais ao Galicia.

Depois do fim de um período de restrição de seis meses, o lock-up, o banco decidiu concluir a alienação dos papéis. Goldman Sachs e Morgan Stanley coordenaram a emissão.

Mercado brasileiro recua enquanto Argentina atrai capital

No Brasil, o cenário é outro. Os preços de muitas ações estão em baixa histórica, o que desestimula novas ofertas. Segundo analistas, empresas precisam de capital, mas evitam diluir seus controladores em condições desfavoráveis de mercado.

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Entre as poucas companhias que estudam uma emissão está a Fras-Le, do grupo Randon, que avalia captar R$ 300 milhões em uma possível operação. Por ora, o foco do mercado está voltado ao país vizinho, onde a política liberal de Milei começa a mexer com as estruturas de confiança global.

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