O Banco Central do Brasil optou por manter a taxa básica de juros elevada por um período prolongado. Isso tem gerado preocupações sobre a possibilidade de uma recessão técnica no Brasil.
A desaceleração econômica observada nos últimos meses intensifica essas apreensões.
Seis instituições financeiras, entre elas Bradesco, Banco BV, Ativa Investimentos, Monte Bravo, Nova Futura e Tendências, já indicam a probabilidade de uma recessão técnica no segundo semestre de 2025.
O que é recessão técnica?
Este fenômeno se caracteriza por dois trimestres consecutivos de queda no Produto Interno Bruto (PIB), que representa a soma dos bens e serviços produzidos no país.
A última recessão técnica enfrentada pelo Brasil ocorreu em 2021, quando o PIB apresentou quedas de 0,4% e 0,1% no terceiro e quarto trimestres, respectivamente.
Em 2020, durante os primeiros meses da pandemia de Covid-19, o país também viveu uma recessão técnica, com retrações de 2,3% e 8,9% nos dois primeiros trimestres.
Enquanto a recessão técnica se concentra na queda do PIB em dois trimestres seguidos, uma recessão plena envolve uma deterioração econômica mais abrangente.
A recessão geral afeta emprego, produção e consumo. Indicadores como dados de emprego e produção industrial são monitorados para identificar essa condição.
Projeções e expectativas para 2025
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2024, o desempenho econômico do Brasil foi positivo. O instituto diz que o PIB cresceu 0,8% entre janeiro e março, 1,4% entre abril e junho, e 0,9% no terceiro trimestre.
A expectativa para o quarto trimestre e o resultado anual de 2024, a serem divulgados em março, é de um crescimento de cerca de 3,5%.
No entanto, as projeções para 2025 apontam para uma possível retração do PIB entre o segundo e o quarto trimestres, o que pode levar o país novamente a uma recessão técnica.
Esta situação gera incertezas econômicas, com atenção voltada para as políticas que serão adotadas.
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