A entrega de dois ofícios produzidos pelas big techs Meta e Google colocaram em xeque, mais uma vez, a delação do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), o tenente-coronel Mauro Cid.
Os documentos foram protocolados no Supremo Tribunal Federal (STF) na noite de segunda-feira 23, e foram alvo da acareação entre Cid e o general Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa e da Casa Civil. A sessão, que durou pouco mais de duas horas nesta terça-feira, 24, ocorreu no âmbito da ação penal que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado.
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Ao final da acareação, a defesa de Braga Netto afirmou que os ofícios da Meta e do Google “desmentem” os depoimentos do ex-ajudante de ordens. O advogado José Luis de Oliveira Lima chegou a dizer que o militar “mente descaradamente”.
“É simplesmente um escândalo”, declarou José Luis. “Ele mentiu de novo. Está provado pelo ofício da Meta e está provado pelo ofício do Google. Ele mente descaradamente.”
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O advogado chegou a destacar que, como os documentos foram “juntados aos autos” do processo na noite de segunda-feira, “evidentemente que não podiam ser objeto da acareação de hoje”.
“É um escândalo”, prosseguiu José Luis. “Ele mentiu perante o Supremo Tribunal Federal mais uma vez.”