Restrições impostas pela Meta afetaram o perfil da esquerdista Manuela d’Ávila no Instagram. A ex-deputada federal fez uma publicação que associava o ex-presidente Jair Bolsonaro e a direita brasileira ao fenômeno da “adultização infantil” nas redes sociais.
Manuela explicou que foi impedida de realizar transmissões ao vivo e de criar anúncios em sua conta.
“A minha conta no Instagram acaba de receber diversas punições por termos trazido o debate sobre a adultização das infâncias, vinculando-o às práticas da extrema-direita no Brasil”, disse Manuela. “Todos nós nos lembramos quando Jair Bolsonaro disse que ‘pintou um clima’. Quando associamos a pedofilia e a adultização das infâncias a Bolsonaro, recebemos proibições da Meta.”
Na comunicação enviada pela empresa, a Meta alegou que as restrições foram adotadas como “medida de segurança”, justificando que o conteúdo pode não estar de acordo com as normas da plataforma. A publicação foi excluída pelo motivo de “exploração sexual”.


Manuela d’Ávila afirmou que a Meta a acusou de divulgar conteúdos ligados à exploração sexual porque, em sua avaliação, ela expôs quem seriam os responsáveis ou defensores de práticas que contribuem para a adultização infantil no Brasil.
Apesar das restrições aplicadas à sua conta pelo conteúdo publicado, Manuela reforçou a defesa da regulação das redes sociais. Para ela, há uma contradição no discurso da chamada “extrema-direita”, que, ao declarar proteger as crianças, manteria vínculos com plataformas digitais sem cobrar medidas mais rigorosas de controle.
“É preciso regular as redes para que as infâncias não sejam adultizadas, senão é discurso da boca para fora”, disse a ex-deputada.
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