Uma pesquisa do PoderData realizada entre os dias 31 de maio e 2 de junho de 2025 revelou que metade dos eleitores que conhecem Rosângela Lula da Silva, a Janja, desaprova sua atuação como primeira-dama. O levantamento, que ouviu 2,5 mil pessoas em 218 cidades do país, mostrou que os índices de dois meses atrás se mantiveram.

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Entre os entrevistados, 86% afirmaram conhecer Janja, seja bem, seja apenas de ouvir falar. Do total desse grupo, 50% desaprovam sua participação no governo, 30% a aprovam e 20% não souberam opinar. Apenas 14% de todas as pessoas ouvidas declararam não conhecer a mulher do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Atuação pública de Janja

Desde o início do terceiro mandato de Lula, em 2023, Janja ganhou maior visibilidade nacional. Ela ampliou em 23 pontos porcentuais sua taxa de reconhecimento público, desde setembro de 2022, quando era conhecida por 63% dos eleitores. Hoje, 46% dizem conhecê-la de ouvir falar e 40% afirmam conhecê-la bem.

Apesar de não ocupar cargo oficial, Janja mantém agenda intensa, com compromissos nacionais e internacionais. Ela esteve em 35 países durante 30 viagens, somando 130 dias no exterior, fora a visita atual à França ao lado do presidente, que busca avançar o acordo Mercosul−União Europeia.

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Conforme o portal Poder360, Janja administra as ligações telefônicas destinadas a Lula no Palácio da Alvorada e autoriza, ou não, o contato de ministros e outras pessoas. O presidente não utiliza celular próprio, e, principalmente à noite ou nos fins de semana, quem deseja falar com Lula costuma recorrer ao telefone da primeira-dama.

Críticas, transparência e restrições de acesso

A atuação de Janja é alvo de críticas, sobretudo da oposição, que cobra maior transparência. Em resposta, ela passou a divulgar sua agenda diária no Instagram, mas restringiu o acesso às publicações somente a seguidores depois de ataques os quais ela classificou como “misóginos e de tom odioso”. Desde abril, os compromissos da primeira-dama estão disponíveis em uma página própria no site da Presidência.

Os dados da pesquisa mostram que a rejeição à primeira-dama é mais alta entre eleitores do Norte e do Nordeste (54%), pessoas com mais de 60 anos (52%) e quem recebe de dois a cinco salários mínimos (52%), grupos tradicionalmente associados à base de apoio de Lula.

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Quando analisados os votos do segundo turno de 2022, tanto eleitores do petista quanto os do ex-presidente Jair Bolsonaro registram 50% de desaprovação à atuação de Janja. Contudo, a aprovação é superior entre lulistas, chegando a 31%, ante 25% entre os apoiadores do liberal.

De acordo com o PoderData, seu levantamento utilizou ligações para telefones fixos e celulares, com sistema URA, que coleta respostas por meio do teclado. O estudo ponderou variáveis como sexo, idade, escolaridade, renda e região. A margem de erro é de 2 pontos porcentuais e o intervalo de confiança, de 95%.