No coração do território gaúcho, em Vila Flores (RS), o jovem Gleison Agnol, de apenas 24 anos, prova que o futuro da suinocultura e da avicultura está em boas mãos. Desde pequeno, ele cresceu em meio aos animais, acompanhando de perto o trabalho dos pais na propriedade da família. Hoje, Gleison comanda uma parte essencial da produção, mostrando que é possível crescer, inovar e prosperar sem deixar o campo.
“Eu sempre gostei de ajudar, de estar no meio dos animais aqui no interior. É muito bom”, conta. A família tem tradição de mais de 30 anos na avicultura, que começou com um aviário manual de 50 metros e evoluiu para uma estrutura de 100 metros totalmente automatizada. Além das aves e do leite, foi a suinocultura que despertou o desejo do jovem em seguir carreira no agro.
Suinocultura moderna com gestão familiar
O ponto de virada veio em 2016, quando Gleison decidiu investir em duas creches de suínos climatizadas, com capacidade para 1.750 leitões cada. “Na época, a gente ia fazer o sistema convencional, mas a empresa apresentou um novo projeto climatizado. Fomos um dos primeiros da região a investir nessa tecnologia, e não me arrependo”, afirma.
A automatização reduziu a necessidade de mão de obra e facilitou o manejo diário. “O sistema climatizado deixa tudo mais prático. A gente programa o controlador e ele faz os ajustes sozinho”, afirma. Hoje, a granja opera com eficiência e bem-estar animal, garantindo conforto térmico e produtividade.
A rotina é dividida entre os membros da família: o pai cuida dos aviários, a mãe das vacas leiteiras e Gleison responde pela suinocultura. “Quando tem muito serviço, a gente se ajuda. Mas no dia a dia, eu me viro tranquilo. É gratificante trabalhar aqui e ver o resultado do nosso esforço”, destaca.
Jovens que acreditam no futuro do campo
A história de Gleison reflete o perfil da nova geração rural: jovens que valorizam o legado dos pais, mas investem em tecnologia e conhecimento para tornar o trabalho mais eficiente. “Meus pais me ensinaram a amar o que a gente faz. Eu nunca me vi trabalhando numa empresa na cidade. Aqui a gente trabalha muito, mas com orgulho”, afirma.
Nos últimos oito anos, o jovem produtor acumulou conquistas e aprendizados. “A suinocultura dá um bom retorno. Depois que começamos, conseguimos realizar muitos sonhos. O campo oferece oportunidades para quem se dedica e gosta do que faz”, diz.
Para ele, ficar no campo é sinônimo de realização pessoal e profissional. “Os jovens que gostam da vida no interior deveriam apostar nisso. O retorno vem, e a satisfação de ver tudo crescendo é enorme”, conclui.
*Sob supervisão de Luis Roberto Toledo