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Montenegro diz que Textor é ‘ídolo eterno’ por tirar Botafogo ‘da sarjeta’

Após ter um áudio vazado, no qual acusa John Textor de tentar permanecer no controle do Botafogo mesmo sem ter recursos financeiros para isso, Carlos Augusto Montenegro, ex-presidente do clube carioca, saiu em defesa do dono da SAF alvinegra.

Em entrevista ao canal “Resenha Alvinegra“, o ex-mandatário chamou o empresário americano de ”ídolo eterno” por tirar o Alvinegro da ”sarjeta’, quando comprou 90% das ações do Glorioso em 2022.

”A primeira notícia boa disso, tem algumas notícias boas disso, é que antigamente ninguém queria o Botafogo. Era um clube falido, na sarjeta, um clube na segunda divisão, um clube com R$ 100 milhões de receita por ano. De repente, aparece o Textor, retira o Botafogo da sarjeta, da areia movediça, era uma Ferrari na arena movediça. Textor acredita no Botafogo, recupera o Botafogo e nos dá dois títulos inéditos. Esse cara é ídolo eterno”, disse.

”Primeiro, ele foi espetacular em formar uma equipe de trabalho, desde o Thairo Arruda (CEO) até os faxineiros, espetaculares. Ele montou uma empresa muito profissional nessa SAF. Tem as coisas fora de campo que acontecem, ninguém percebe”, completou.

Montenegro deu detalhes ainda sobre o balanço financeiro do Botafogo, que deve ser divulgado nos próximos dias. Segundo o ex-dirigente, o Alvinegro pode chegar a R$ 1,5 bilhão de faturamento em 2025.

”Ele passou o faturamento do Botafogo de R$ 100 milhões, aliás, o balanço deve estar sendo divulgado por agora, e mostra já o Botafogo faturando R$ 800 milhões em 2024. Mais do que isso, eu já tenho algumas informações que o Botafogo pode chegar a um R$ 1,4 bilhão ou R$ 1,5 bilhão nesse ano de 2025. Com venda de jogadores, com renovação de patrocínios, com premiações, com participação na Copa do Mundo. Isso significa que o Botafogo tem toda a chance em 2025 faturar mais que o Flamengo e o Palmeiras”, revelou.

”Isso é gestão. Isso chama-se John Textor. Muito mais importante que brigas, que uma série de coisas, ele é um vitorioso dentro e fora do campo. E a gente deu muita sorte dele se apaixonar pelo Botafogo. É uma coisa recíproca, ele se apaixonou pelo Botafogo, os principais executivos se apaixonaram pelo Botafogo, e o torcedor se apaixonou pelo Textor. Eu, meus filhos, meus netos, a gente tem uma adoração pelo Textor. Todo dia eu rezo, agradeço por ele ter aparecido. E é ídolo eterno. Só tem uma coisa acima do John Textor, é o Botafogo”, seguiu.

Apesar dos muitos elogios à gestão de Textor no Botafogo, Montenegro apontou que o empresário cometeu erros à frente do Lyon.

”O John Textor sempre teve um sonho, mesmo com essa paixão pelo Botafogo, de ter uma rede de clubes importantes e de fazer um IPO. De crescer a empresa dele, colocando a empresa na bolsa de Nova York. E ele deu um passo, na minha opinião, um pouco maior que as pernas. Ele resolveu comprar o Lyon, foi a um grupo de investidores, que por acaso é um fundo que se chama Ares, pegou US$ 450 milhões e entrou no Lyon. Não sei o que ele encontrou pela frente, do passado, etc. Pelo menos no Botafogo ele não teve nenhuma surpresa”, declarou.

”Todo o trabalho que ele fez antes, de auditoria, de levantar coisas, de entregar todos os números, ele não encontrou nenhuma surpresa. Nenhum esqueleto dentro dos armários. O clube foi super correto e ele reconhece isso até hoje. E o John Textor foi lá na França, teve problemas, começou a bater de frente. Bateu de frente com a televisão, porque ele também estava interessado em ter o contrato das transmissões. Bateu de frente com a Federação da França. O dono do Paris Saint-Germain também teve desavenças com ele. E isso tudo criou dificuldade. E ele saiu de lá com torcida do Lyon, ao contrário do Botafogo, não gostando dele.

O áudio vazado

Na última terça-feira, um áudio de Montenegro circulou nas redes sociais. Nele, o ex-presidente acusou Textor de tentar permanecer no controle do Botafogo mesmo sem ter recursos financeiros para isso.

O áudio revela também que a Eagle recebeu um aporte de US$ 450 milhões da Ares em 2022, com a promessa de investimento no futebol – principalmente na compra do Lyon. Como garantia, a Ares ficou com ativos importantes da Eagle, incluindo ações e contratos. Textor, segundo Montenegro, não conseguiu honrar os compromissos e ainda deve cerca de US$ 350 milhões (mais de R$ 1,9 bilhão, na cotação atual), mesmo após vender sua participação no Crystal Palace.

Nesta quarta, Montenegro comentou pela primeira vez sobre tal áudio.

”Deixa eu colocar uma coisa pra você em relação a esse áudio. Todo botafoguense ficou atônito, eu também, com essas conclusões todas. Foi uma briga de sócios que a gente nunca tinha visto. A gente viu, em alguns clubes, inclusive no Vasco, o clube brigando contra o investidor. Mas, no caso do Botafogo, é diferente. As músicas já dizem, é tudo inédito. O que aconteceu com a gente foi que o clube está super satisfeito com a gestão, agradecido eternamente. E os sócios estão brigando”, concluiu.

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