O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes rebateu declarações do ex-ministro Marco Aurélio Mello. Em entrevista ao jornal norte-americano Washington Post, Moraes disse que a Corte atuou como “vacina” depois de suposta infecção do Brasil pela “doença” da autocracia.
As a justice on Brazil’s Federal Supreme Court, Alexandre de Moraes has clashed with former president Jair Bolsonaro, Elon Musk and others.
Now his opponent is none other than the president of the United States. https://t.co/K1xJslg8GZ
— The Washington Post (@washingtonpost) August 18, 2025
Marco Aurélio, hoje aposentado, havia declarado estar “triste com a deterioração da instituição” e afirmou que “a história é implacável” e “acerta as contas depois”.
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Moraes contestou o ex-ministro. Disse que o STF precisou agir diante dos ataques à democracia e não poderia recuar. “Não há como recuarmos naquilo que precisamos fazer”, disse. “Digo isso com total tranquilidade.”
Moraes mantém julgamento de Bolsonaro
O ministro também comentou sobre as sanções da Lei Magnitsky, que incluem seu nome por atuar como relator da ação penal contra o ex-presidente Jair Bolsonaro. Ele garantiu que o processo seguirá normalmente.


“Não há a menor possibilidade de recuar um milímetro sequer”, afirmou. “Faremos o que é certo: receberemos a acusação, analisaremos as provas, e quem deve ser condenado será condenado, e quem deve ser absolvido será absolvido.”
O presidente da Primeira Turma do STF, Cristiano Zanin, marcou o julgamento do núcleo 1 da ação penal, que envolve Bolsonaro e aliados, entre eles o ex-ministro Braga Netto e o ex-ajudante de ordens Mauro Cid, para setembro. A acusação principal é de tentativa de golpe.