O vereador e filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, Carlos (PL-RJ), fez novas críticas diretas ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Nesta sexta-feira, 8, ele alegou que Moraes estaria “decidido a matar” seu pai. “Ao que parece, está escancarado”, escreveu no X.
Segundo Carlos Bolsonaro, o ministro deixou de ser “guardião” da Constituição para se tornar seu “coveiro”. Ele conectou o episódio do atentado a faca sofrido por Jair Bolsonaro em 2018, realizado por Adélio Bispo, um ex-integrante do Psol, com a posterior perseguição política da qual o ex-presidente seria alvo desde então.
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“Bolsonaro sobreviveu a sete cirurgias de emergência — e, desde então, é vítima de uma perseguição homeopática e calculada para destruí-lo física e psicologicamente, junto com seus aliados e o povo que ousa não se submeter.”


O vereador também acusa Moraes de normalizar práticas ilegais e imorais. “Atentados aos direitos humanos, praticados por quem se autoproclama defensor deles, se repetem dia após dia”, afirmou, em referência ao tratamento dado aos presos do 8 de janeiro.
“Tortura virou método para arrancar delações validadas sem provas; o devido processo legal foi violentado; buscas e apreensões sem fundamento; prisões ilegais; mortes abafadas”, enumera Carlos.
Tais ilegalidades, escreve Carlos, são acompanhadas pelo abafamento das investigações sobre desvios no INSS, indícios de corrupção generalizada e violações à independência dos Poderes, que “são esquecidos justamente por quem deveria investigar”, afirma. Tudo para “sustentar uma perseguição implacável” contra adversários políticos.
– Ao que parece, está escancarado: Alexandre de Moraes está decidido a matar Jair Bolsonaro.
– O “guardião” da Constituição tornou-se seu coveiro. Após a tentativa de assassinato cometida por antigo filiado de partido aliado ao PT (PSOL), Bolsonaro sobreviveu a sete cirurgias de… pic.twitter.com/yupQDLh4Mo
— Carlos Bolsonaro (@CarlosBolsonaro) August 8, 2025
Em suas críticas, Carlos Bolsonaro comparou a situação política brasileira à escalada autoritária na Venezuela. “Não por acaso, os ditadores aliados de Lula — que Alexandre de Moraes proibiu de serem citados na campanha de 2022 — seguem blindados pelo sistema.”
Por fim, o vereador questionou a omissão da imprensa, ao mencionar a falta de cobertura jornalística para as tarifas de 70% impostas pelo ditador venezuelano, Nicolás Maduro, contra o Brasil. “A prioridade é ideológica e, muitas vezes, sanguinária. O terror que aplicam aqui é calculado.”
Carlos conclui que “o circo segue na várzea da ‘democracia’ dos inconsequentes. Mas isso vai acabar.”
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