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‘Moraes usou o TSE para prejudicar a direita’, diz Tagliaferro

Em entrevista à Rádio Auriverde, realizada nesta sexta-feira, 1°, o perito e ex-assessor no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Eduardo Tagliaferro afirmou que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), usou a Corte eleitoral para prejudicar a direita durante as eleições de 2022.

Para Tagliaferro, o pleito foi marcado por decisões que prejudicaram diretamente a candidatura do então presidente Jair Bolsonaro.

“Aos meus olhos, foi feita uma perseguição e uma destruição da imagem da direita no cenário político dentro das eleições de 2022”, disse.

Tagliaferro citou como exemplos a proibição do uso, pela campanha de Bolsonaro, de imagens do 7 de Setembro, do funeral da rainha Elizabeth II e de declarações que relacionavam Lula a ditadores. “A direita foi tolida do seu direito de fazer uma campanha transparente, de mostrar a sua cara”, acrescentou.

Tagliaferro explica como funcionava o trabalho no TSE

Ele também relatou que o trabalho da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação (AEED), setor ao qual esteve vinculado, se limitava à produção de relatórios com base em pedidos recebidos por grupos de WhatsApp.

Esses documentos eram encaminhados ao gabinete de Moraes, responsável pelas decisões. “Era assim que era feito”, relatou. “Chegavam pedidos: fulano, fulano, fulano. E os alvos com o tempo eram sempre os mesmos”, declarou.

Tagliaferro negou que houvesse monitoramento contínuo das redes sociais pelo TSE, alegando falta de servidores para esse tipo de atividade. “Não tinha um cara olhando todo mundo. O que existia eram ordens determinadas”, disse.

Ministro obrigava assessores a deletar mensagens

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O ministro Alexandre de Moraes, durante uma sessão plenária – 4/12/2024 | Foto: Ton Molina/Estadão Conteúdo

Também na entrevista à Auriverde, o ex-assessor de Alexandre de Moraes afirmou que o ministro determinava que servidores apagassem mensagens trocadas em grupos ligados à AEED ou com pessoas envolvidas na elaboração dos relatórios.

Tagliaferro afirmou que dispõe de mais provas contra o ministro e que pretende organizá-las em um dossiê para apresentação a autoridades estrangeiras.

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