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Morro de São Paulo está entre os destinos de militares israelenses

Ao desembarcarem no cais principal de Morro de São Paulo, na Ilha de Tinharé, na Bahia, turistas são recepcionados por carregadores com carrinhos de mão, já que o vilarejo não possui ruas nem carros.

Segundo o jornal Folha de S.Paulo, os carregadores oferecem seu serviço ao abordar os visitantes com a expressão “sababa“, que significa “tudo bem” em hebraico. Esse gesto foi criado pelos moradores para facilitar a comunicação e deixar os turistas israelenses mais confortáveis.

Morro de São Paulo se tornou um destino popular entre jovens israelenses que buscam relaxar depois de completar o serviço militar obrigatório. A tradição de tirar um ano sabático leva muitos a escolherem a América Latina.

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“Tirar um ano sabático após a obrigação militar é tradição entre israelenses”, afirmou Eden Key, de 22 anos, que viaja pelo Brasil com amigas há três meses. “Escolhemos este destino pelas ótimas recomendações de conterrâneos no Muchiler.”

O vilarejo ganhou notoriedade em Israel depois de ter sido cenário da série israelense Magic Malabi Express, inspirada no livro de Yaniv Halperin. Este best-seller, publicado em 2007, combina drama e comédia para narrar a jornada de três amigos israelenses no Brasil, que vendiam o doce malabi, comum em Israel, enquanto enfrentam desafios culturais.

A produção ajudou a popularizar o destino entre os israelenses, o que gerou um interesse crescente pelo local.

Segundo Eloi Alves, secretário municipal da Administração de Morro de São Paulo, turistas israelenses são fundamentais para o comércio local, sendo a segunda maior nacionalidade a visitar o vilarejo, atrás apenas dos argentinos.

Morro de São Paulo de adapta à demanda

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Em resposta a essa demanda, o comércio local tem se adaptado. Anúncios em hebraico e pratos típicos, como o havita, são frequentemente oferecidos. Bandeiras de Israel são vistas na entrada de estabelecimentos.

A Rua Shalom, localizada na Terceira Praia, concentra uma grande parte dos turistas israelenses. Ali, encontram-se diversos hostels, restaurantes e cafeterias administrados por comerciantes israelenses, além de um centro comunitário judaico associado ao judaísmo ortodoxo.

O Hostel Mundo da Lua, por exemplo, passou a aceitar reservas exclusivamente por sites israelenses durante a alta temporada. “Optamos por atender apenas turistas israelenses devido aos hábitos específicos”, explica Luciano Rezende, dono do hostel, à Folha.

O impacto dos turistas israelenses também é notado em outros aspectos do comércio local. Na Pizzaria Carpaccio, uma placa em hebraico, deixada por uma turista deslumbrada com o rodízio de pizza, demonstra o apreço dos visitantes.

“Uma turista de Israel comeu aqui e ficou deslumbrada com a ideia do rodízio de pizza, algo incomum no seu país”, comentou José dos Santos, funcionário do local. “Ela gostou tanto que quis deixar uma mensagem de carinho indicando nossa pizzaria.”

Segundo dados do Ministério do Turismo, 16 mil turistas israelenses visitaram o Brasil em 2024, com São Paulo e Rio de Janeiro servindo como principais portas de entrada.

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