Um motorista, de 31 anos, foi preso por omissão de socorro após um paciente que ele transportava, chegar morto a um centro terapêutico em Nova Londrina, no noroeste do Paraná. As informações são da delegada Aniele Magalhães.

O homem havia saído de um centro terapêutico de Jataizinho, na região norte, e levava três pacientes em tratamento para dependência química para a outra unidade em Nova Londrina. Durante o trajeto, um deles passou mal e a suspeita é de que o motorista tenha se negado a parar para prestar ajuda.

O caso ocorreu na quinta-feira (10). Os pacientes estavam sendo transportados em um carro.

“Durante o trajeto, depois de Paranavaí, a vítima começou a passar mal, porém, o autuado não parou, não pediu socorro e também não o encaminhou para um hospital e tentou deixar a vítima no centro terapêutico como se ela estivesse dormindo”, disse a delegada.

Ao chegar no centro terapêutico, o responsável pelo local percebeu que o paciente estava sem sinais vitais e acionou o Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu). Após a equipe constatar a morte do homem, a polícia foi acionada.

Segundo a delegada, ao ser autuado, o homem desacatou um policial e ainda debochou da situação dizendo que não era médico. O motorista é da região de Londrina e trabalhava para o centro terapêutico de Jataizinho.

Em depoimento à polícia, ele afirmou que viu a vítima babando, mas achou que estivesse dormindo e por isso seguiu viagem.

Os outros dois pacientes que estavam no carro durante o transporte, também prestaram depoimento. Conforte a delegada, eles disseram que antes da viagem, responsáveis pelo centro terapêutico de Jataizinho deram um medicamento aos assistidos.

“Este que foi ouvido não tomou, mas presenciou a vítima ingerindo. Ao retornar a perícia poderemos aprofundar nas causas e avaliar qual medicamento ministrado e sua relevância para a causa mortis, bem como a responsabilidade penal”, explicou a delegada.

O homem foi preso por omissão de socorro e desacato e segue na cadeia publica de Nova Londrina. Conforme a delegada, como a omissão de socorro resultou na morte da vítima, a pena para o crime é triplicada, podendo chegar a 3 anos e 6 meses.

Fonte: g1