A Secretaria-Geral da Mesa da Câmara dos Deputados divulgou nota informando que a Mesa Diretora se reuniu nesta sexta-feira (8) para tratar das condutas praticadas por diversos deputados
Publicado: 08/08/2025, 22:39

A oposição “ocupou” Mesa Diretora da Câmara e do Senado em protesto por anistia –
A Secretaria-Geral da Mesa da Câmara dos Deputados divulgou nota informando que a Mesa Diretora se reuniu nesta sexta-feira (8) para tratar das condutas praticadas por diversos deputados durante a obstrução física do Plenário da Casa nos dias 5 e 6 de agosto. O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), encaminhou à Corregedoria Parlamentar as denúncias contra os deputados envolvidos na ocupação do plenário da Casa por cerca de 30 horas.
“A fim de permitir a devida apuração do ocorrido, decidiu-se pelo imediato encaminhamento de todas as denúncias à Corregedoria Parlamentar para a devida análise”, diz a nota.
A decisão ainda precisa ser analisada pelo Conselho de Ética da Câmara. O presidente do colegiado vai definir um relator para cada caso, que poderá reduzir a punição. Os processos de suspensão precisam ser votados em até três dias. Caso o afastamento dos parlamentares seja aprovado, terá início imediato. Os deputados terão salário, cota parlamentar e verba de gabinete suspensas também.
A Corregedoria Parlamentar é o órgão responsável por avaliar a conduta dos deputados. O corregedor Diego Coronel (PSD-BA) terá um prazo para analisar os casos e emitir um parecer que será votado pela Mesa Diretora.
ENTENDA – Ao todo, 14 parlamentares poderão ter seus mandatos suspensos ou cassados, segundo a publicação no Diário Oficial da Câmara.
A Corregedoria vai analisar representações contra o líder do PL, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), líder da oposição, Zucco (PL-RS), os deputados Carlos Jordy (PL-RJ), Nikolas Ferreira (PL-MG), Caroline de Toni (PL-SC), Marco Feliciano (PL-SP), Domingos Sávio (PL-MG), Zé Trovão (PL-SC), Bia Kicis (PL-DF), Paulo Bilynskyj (PL-SP), Marcos Pollon (PL-MS) e Julia Zanatta (PL-SC). Há ainda o deputado Allan Garcês (PP-MA) e o líder do Novo, Marcel Van Hattem (Novo-RS).
Todos são citados por quebra de decoro parlamentar. A ação se baseia no regimento interno da Câmara e no Código de Ética e Decoro Parlamentar. Eles defendem que o uso da força física por parte de membros do Parlamento para usurpar funções da Mesa “é um precedente extremamente perigoso e inaceitável no Estado Democrático de Direito, razão pela qual deve ser rechaçado com o rigor das normas éticas e regimentais”.
RELEMBRE – A oposição “ocupou” Mesa Diretora da Câmara e do Senado em protesto por anistia. Movimento dos parlamentares pediu que o projeto da anistia fosse pautado por Motta. Presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) criticou a ocupação dos bolsonaristas e disse que não aceitaria “intimidações”. Alcolumbre descartou punições e barrou o pedido de abertura de processo de impeachment contra Moraes.
Com informações: Agência Câmara de Notícias.