Ricardo conhecia e confiava nos acusados, pois permaneceu internado para tratamento de saúde na clínica terapêutica “Só por Hoje”
Publicado: 02/07/2025, 18:57

Ricardo de Oliveira Osinski de 54 anos de idade –
Em Ponta Grossa, nos Campos Gerais, o Ministério Público do Paraná denunciou uma mulher e dois homens por homicídio qualificado e outros crimes, praticados no decorrer de dez dias, em março deste ano. A vítima, Ricardo de Oliveira Osinski de 54 anos de idade, conhecia e confiava nos acusados, pois permaneceu internado para tratamento de saúde na clínica terapêutica “Só por Hoje”, administrada por dois dos denunciados (um casal).
Segundo a denúncia, no dia 11 de março último, Ricardo sofreu um acidente doméstico e precisou ser socorrida numa unidade de Pronto Atendimento da cidade. Ele foi acompanhado ao local pelos três denunciados, que, aproveitando-se do momento, usaram o celular da vítima para subtrair de suas contas bancárias o montante aproximado de R$ 86,5 mil. O dinheiro foi transferido para contas dos denunciados e da clínica – de propriedade do casal e onde a vítima e o terceiro denunciado ficaram internados.
Após receber atendimento médico, Ricardo foi levado pelos três denunciados a uma chácara no bairro Uvaranas, onde o casal residia e passou a receber altas dosagens de medicamentos, que impossibilitaram qualquer reação. Com sua liberdade restringida, ele permaneceu no local entre os dias 12 e 25 de março, período em que os denunciados retiraram mais R$ 42 mil de suas contas bancárias, a partir de transferências feitas com o uso de celular e compras em estabelecimentos comerciais.
Homicídio – A sequência de crimes atingiu o auge entre a noite do dia 25 e a madrugada do dia 26 de março, na Estrada dos Alagados, onde os três assassinaram Ricardo Osinski com golpes de arma branca. O homicídio foi promovido e organizado pelo casal proprietário da clínica terapêutica e executado pelo terceiro denunciado.
Após o assassinato, os denunciados ainda se apropriaram do carro e de mais R$ 32,9 mil da vítima, novamente fazendo transferências e compras com o celular. Por fim, em 28 de março, com o início das investigações sobre o caso, os denunciados tentaram destruir eventuais provas dos crimes, levando o carro a um lava-car.
Crimes imputados – Na denúncia, assinada pela 10ª Promotoria de Justiça da comarca, são relacionados os crimes de homicídio triplamente qualificado pelo uso de meio cruel, recurso que dificultou a defesa da vítima e para assegurar a vantagem de furto e roubo anteriores, além de associação criminosa qualificada pela prática de crime hediondo, furto por intermédio de dispositivo eletrônico, roubo majorado pelo concurso de agentes e manutenção da vítima com a liberdade restrita, furto qualificado pelo concurso de agentes e fraude processual.
Com informações do Ministério Público do Paraná.