O Ministério Público Federal (MPF) arquivou recentemente um procedimento aberto para investigar um vereador de Santa Catarina que chamou Lula de “ladrão”. O caso aconteceu em janeiro, durante uma cerimônia do Legislativo e foi denunciado ao órgão pelo PT.
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Ao encerrar o caso, o MPF afirmou que uma investigação por ofensa ao presidente da República dependeria de um pedido direto do Ministério da Justiça, que não foi apresentado.
O órgão também sustentou que a investigação, se fosse adiante, “configuraria censura aos direitos e garantias relacionados à liberdade de expressão, pensamento e manifestação do vereador em um contexto democrático”.


Ao menos 3 pessoas foram acionadas por chamar Lula de “ladrão”
Apenas em 2025, pelo menos três pessoas sofreram algum tipo de intimação ou abordagem policial por se referirem a Lula como “ladrão”. Em abril, a Polícia Federal (PF) deteve um homem que gritou a ofensa ao petista durante uma passagem dele pelo Rio de Janeiro.
Inicialmente, a equipe de segurança avaliou a aproximação como uma possível ameaça. Segundo a Secretaria de Comunicação do governo, a curta distância entre os veículos chamou atenção e motivou a ação imediata da Polícia Federal. No entanto, a conduta foi classificada como injúria, sem indícios de risco à integridade física do presidente.
No mesmo mês, o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, determinou que a PF instaurasse um inquérito para apurar a conduta de uma mulher que, com um megafone, ofendeu o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em via pública. O ato seria um possível crime contra a honra.


O fato ocorreu no dia 8 de abril deste ano, em frente à residência do presidente, em Alto de Pinheiros, zona oeste de São Paulo. Segundo informações da PF, a mulher passou de carro pelo local e proferiu o insulto “Lula ladrão”, com o auxílio do equipamento sonoro.
Em maio, Lula moveu uma ação judicial por injúria contra o radialista Washington Rodrigues, apresentador da rádio Conquista FM 92,5, localizada no sudoeste da Bahia. O comunicador recebeu a intimação da Justiça Federal em 21 de maio e relatou o episódio durante a transmissão de seu programa.
O episódio que motivou o processo aconteceu em 2023, quando Rodrigues participou de um podcast. Na ocasião, ele foi indagado sobre como definiria Lula em apenas uma palavra e respondeu: “Ladrão”.