O Ministério Público Federal (MPF) instaurou um inquérito para investigar possíveis irregularidades atribuídas à XP Investimentos. As apurações miram operações identificadas como “Collar com ativo UI”, conforme consta no documento do órgão.

A XP se manifestou por meio de nota à imprensa. A corretora classificou o inquérito como um “caso pontual” e afirmou que conduz o tema com total “rigor”. A empresa também garantiu que mantém compromisso com padrões de governança e com o cumprimento das normas regulatórias.

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O modelo de operação que está na mira dos procuradores utiliza derivativos financeiros. Essa estratégia combina dois movimentos: a compra de opções de venda, que protege contra desvalorização, e a venda de opções de compra, que impõe um limite para os ganhos. Na prática, permite ao investidor evitar perdas acentuadas, mas também restringe lucros em caso de valorização do ativo.

Relatos sobre o tema aparecem em sites de defesa do consumidor. Alguns clientes da XP já registraram insatisfação relacionada a esse tipo de operação. No entanto, o documento que formaliza o inquérito não apresenta detalhes sobre os problemas específicos levantados contra a corretora.

O MPF também não deixou claro quais seriam as supostas irregularidades cometidas pela XP Investimentos

O MPF também não deixou claro quais seriam as supostas irregularidades cometidas pela empresa. A abertura do inquérito se apoia na “necessidade de prosseguimento das diligências”, segundo trecho do despacho.

Coube ao procurador da República Claudio Gheventer assinar a ordem de investigação. Ele ficará responsável por conduzir os trabalhos e esclarecer se houve falhas na condução das operações, problemas na comunicação dos riscos ou eventuais prejuízos aos investidores.

Até o momento, não há prazos definidos para o encerramento da apuração. O MPF também não informou se outras instituições do mercado financeiro serão incluídas no mesmo procedimento investigativo.