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NBA abre investigação sobre denúncia de que Clippers burlaram regras

A NBA abriu uma investigação contra o LA Clippers após denúncia de que a franquia e o bilionário Steve Ballmer, dono do time, teriam encontrado uma forma de burlar o teto salarial da liga para beneficiar a estrela Kawhi Leonard.

De acordo com o jornalista Pablo Torre, ex-ESPN e hoje podcaster, Leonard teria recebido US$ 28 milhões (cerca de R$ 150 milhões) em um “emprego fantasma” pago por meio da Aspiration, empresa que tinha Ballmer como investidor e que faliu em março de 2025.

Segundo documentos obtidos por Torre, Ballmer aportou US$ 50 milhões na companhia em setembro de 2021. Poucos dias depois, os Clippers anunciaram uma parceria de US$ 300 milhões com a Aspiration, que incluía patrocínio no uniforme e no novo ginásio do time.

Em abril de 2022, Leonard firmou um contrato de patrocínio de quatro anos no valor de US$ 28 milhões por meio de sua empresa, KL2 Aspire. Um detalhe chamou a atenção: o acordo perderia validade caso o ala-pivô deixasse os Clippers. Além disso, Leonard não era obrigado a cumprir qualquer ação solicitada pela Aspiration para continuar recebendo os pagamentos.

Um ex-funcionário da empresa afirmou a Torre que o arranjo “foi feito para driblar o teto salarial”.

A franquia negou as acusações: “Nem o senhor Ballmer nem os Clippers burlaram o teto salarial ou se envolveram em má conduta relacionada à Aspiration”, disse o time em nota. “Qualquer afirmação em contrário é comprovadamente falsa. Encerramos a relação com a empresa em 2022, quando ela deixou de cumprir suas obrigações.”

Em uma segunda manifestação, os Clippers reforçaram que não há nada de irregular em jogadores fecharem contratos de patrocínio com empresas parceiras do clube. “A ideia de que Steve investiu na Aspiration para canalizar dinheiro a Kawhi Leonard é absurda”, afirmou o comunicado.

A NBA confirmou, por meio de seu porta-voz Mike Bass, que “está ciente das denúncias” e já iniciou uma investigação.

Possíveis punições

Pelas regras do Acordo Coletivo de 2023, a liga pode aplicar duras sanções em casos de burlagem ao teto salarial: multas de até US$ 7,5 milhões, perda de escolhas de draft, anulação de contratos e até suspensões de até um ano para dirigentes envolvidos.

O caso lembra o escândalo de 2000, quando o Minnesota Timberwolves perdeu cinco escolhas de primeira rodada e foi multado em US$ 3,5 milhões após acordo ilegal com o ala Joe Smith.

Não é a primeira vez que os Clippers se envolvem em investigações ligadas a Leonard. Em 2019, a franquia foi multada em US$ 50 mil por declarações públicas de Doc Rivers, então técnico, comparando o jogador a Michael Jordan. No mesmo ano, o time foi novamente punido pelo mesmo valor após comentários “inconsistentes” sobre a saúde do astro.

A NBA também investigou acusações de pedidos irregulares da comitiva de Leonard durante sua agência livre em 2019, mas nada foi comprovado. Outro processo, movido em 2020 por um homem que alegava ter ajudado os Clippers a contratar o ala em troca de pagamento milionário, acabou arquivado.

Hoje com 34 anos, Kawhi Leonard assinou em janeiro de 2024 um contrato de três anos no valor de US$ 153 milhões para seguir nos Clippers até a temporada 2026/27.

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