A montadora chinesa Neta Auto, ligada ao grupo Hozon, vendeu apenas 46 veículos no Brasil desde sua chegada. A marca também passa por dificuldades na China e pode encerrar suas atividades em ambos os mercados.
De acordo com o portal Uol, a empresa acumula cerca de 800 carros no porto de Cariacica, no Espírito Santo, entre veículos já nacionalizados e em processo de liberação.
Leia mais: “BYD avança no varejo e supera Toyota no mercado brasileiro”
O site brasileiro da marca ficou mais de um mês com aviso de “em manutenção”. Nesta quinta-feira, 5, no entanto, a empresa anunciou que ele voltou ao ar, assim como o perfil no Instagram. Apesar disso, o site continua instável.
Na China, a Neta enfrenta disputas internas, problemas financeiros e rumores de falência. Segundo fontes próximas à montadora ouvidas pelo UOL, “acionistas estatais da Hozon pressionam pela saída do fundador Fang Yunzhou, que atualmente ocupa os cargos de CEO e presidente do conselho”.
Neta Auto nega que vai deixar Brasil
No Brasil, a Neta Auto opera com apenas uma loja física e duas unidades em shoppings. Os veículos são vendidos com bônus de R$ 25 mil, que podem ser usados para valorização de usados, pagamento de IPVA ou seguro. A marca ainda oferece carregador portátil, carregador de parede e cinco revisões gratuitas. Mesmo assim, os benefícios não impulsionaram as vendas.
Embora enfrente crise, a matriz nega que vai deixar o mercado brasileiro. Ao site Quatro Rodas, a empresa afirmou que começou, em fevereiro, um plano para trocar suas dívidas por ações da própria fabricante com o intuito de “manter a confiança e a cooperação com os seus fornecedores”.
Mais de 50% desse plano já teria sido concluído. Além disso, a Neta Auto diz que suas operações e concessionárias no Brasil seguem ativas.
+ Leia mais notícias de Economia em Oeste
A empresa enfrenta dificuldades financeiras desde o começo de 2024, quando não pagou bônus aos seus funcionários na data prometida e enfrentou protestos. A fábrica de Tongxiang, na província chinesa de Zhejiang, está paralisada desde o final de 2024.
