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No Cosud, Paraná apresenta projeto para acolhimento emergencial em calamidades

Um projeto-piloto do Governo do Paraná que promete agilizar o atendimento emergencial a vítimas de desastres foi apresentado aos gestores públicos dos demais estados que compõem o Consórcio de Integração Sul e Sudeste (Cosud), que estão reunidos nesta semana para o 12º encontro do grupo, em Florianópolis (SC). A apresentação foi feita pelo secretário estadual do Desenvolvimento Social e Família, Rogério Carboni, e o coordenador estadual da Defesa Civil do Paraná, coronel Fernando Schunig, responsáveis pela iniciativa, aos demais membros da Câmara Temática de Assistência Social do Cosud.

A proposta do Paraná envolve a aquisição, mediante licitação, de 1.000 kits que servem como uma espécie de abrigo público a ser utilizado por famílias afetadas por enchentes, inundações, vendavais e incêndios, entre outros desastres climáticos. Eles são compostos por barracas iglu (modelo que abriga mais pessoas e com mais conforto), sacos de dormir multifuncionais, que também funcionam como cobertas, colchonetes dobráveis que se transformam em cadeiras e travesseiros ergonômicos.

Todos os itens podem ser transportados dentro de uma única bolsa compacta, o que permite que eles sejam rapidamente enviados pela Defesa Civil para as áreas afetadas. Depois do uso, eles podem ser higienizados e reaproveitados em novos eventos.

De acordo com Carboni, a ideia é de que as barracas sejam alocadas em abrigos públicos, quando houver necessidade, e sejam usadas para acomodar as famílias com mais segurança, conforto e dignidade. “Ano passado enfrentamos situações de calamidade em grande parte do Estado e queremos que as pessoas afetadas, mesmo em momentos difíceis, tenham um mínimo de acolhimento e conforto”, destacou o secretário.

Em 2023, 51 cidades paranaenses foram afetadas por calamidades naturais, o que levou 4.296 famílias a ficarem temporariamente desabrigadas. Para garantir o atendimento rápido delas, especialmente para grupos prioritários como crianças, gestantes, puérperas, idosos e pessoas com deficiência, o Governo do Estado adotou como estratégia o uso de redes de hotéis e pousadas.

ORGANIZAÇÃO  Com a instalação das barracas e demais itens do kits que serão adquiridos, os abrigos públicos do Paraná ficarão mais organizados, tendo em vista que elas possuem área para identificação de cada família ocupante contendo endereço, número de registros em Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) e outros dados essenciais para o atendimento das equipes de assistência social durante e após as ocorrências emergenciais.

De acordo com o coordenador da Defesa Civil do Paraná, Coronel Fernando Raimundo Schunig, mesmo com a atuação rápida dos profissionais estaduais e municipais, alguns protocolos ainda precisam ser melhorados para garantir uma resposta humanitária eficiente. “A Defesa Civil do Paraná sempre está pronta para o atendimento rápido em situações extremas e equipamentos como estes kits abrigos são essenciais para o bom e digno atendimento das pessoas”, ressaltou.

Os primeiros 1.000 kits devem ser adquiridos e ficar à disposição da Coordenadoria Estadual da Defesa Civil em 2025. Após um período de testes, a proposta é de que a compra seja ampliada para garantir o seu uso em desastres em todo o Estado. Um modelo dela foi montado e apresentado ao governador Carlos Massa Ratinho Junior dentro do Resort Costão do Santinho, em Florianópolis, onde o 12º encontro do Cosud se estende até este sábado (23).

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