Nomes de órgãos públicos, instituições e entidades financeiras são, cada vez mais, utilizados por golpistas. Recentemente, a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) de São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, foi vítima de um golpe. O prejuízo chega a R$ 58 mil.
O valor seria utilizado para pagar os salários dos funcionários, segundo Karina Moura, vice-presidente da APAE de São José dos Pinhais. Ela conta que o dinheiro foi levado após uma funcionária do financeiro receber uma ligação se passando por alguém da Caixa Econômica.
O golpista enviou um link e simulou uma regularização na conta.
A instituição registrou um Boletim de Ocorrência. A APAE também procurou a Caixa Econômica e fez um protocolo para contestar a transferência.
Glaison Rodrigues, delegado da Polícia Civil, informou que o caso está sendo investigado.
Por meio de nota, a Caixa Econômica informou que foi aberto processo de verificação para o caso mencionado e, considerando o sigilo e a proteção dos dados pessoais, o resultado foi comunicado diretamente à instituição.
O banco esclareceu ainda que atua conjuntamente com os órgãos de segurança pública nas investigações e operações que combatem fraudes e golpes e as informações de suspeitas de fraudes e golpes são consideradas sigilosas e repassadas exclusivamente à Polícia Federal e demais órgãos competentes, para análise e investigação. O banco ressalta ainda que monitora ininterruptamente seus produtos, serviços e transações bancárias para identificar e investigar casos suspeitos.
Outro golpe envolve o Corpo de Bombeiros do Paraná. Golpistas estão enviando e-mails para empresas com o aviso de que estão irregulares na prevenção e combate a incêndios. Os comunicados falam ainda sobre a possibilidade de multas, segundo a capitã Luisiana Guimarães.
Os pedidos de vistorias são feitos e acompanhados somente pelo site do Corpo de Bombeiros. Algumas comunicações são feitas apenas pelo e-mail oficial da corporação. Na dúvida, é preciso entrar em contato.
Os golpes realizados por meio eletrônico estão cada vez mais frequentes no Paraná, segundo o delegado Glaison Rodrigues, delegado da Polícia Civil. Levantamento do Anuário Brasileiro de Segurança Pública mostra mais de 7 mil registros deste tipo em 2023.