Quem se lembra da vez em que Norah Jones se uniu ao Foo Fighters no estúdio? Em 2005, já consolidada como um dos grandes nomes do jazz contemporâneos, a cantora aceitou o convite para participar do quinto álbum de estúdio da banda, “In Your Honor”. Além de Norah, o disco contou com colaborações de peso, como John Paul Jones, do Led Zeppelin, e Josh Homme, do Queens of the Stone Age.

Toque para aumentar

Na época, Jones era quase uma irmã caçula dos membros da banda americana, sendo dez anos mais jovem que Dave Grohl e vinte anos mais nova que Pat Smear. Mas a juventude não a impediu de impressionar os roqueiros com sua destreza musical. Seja ao piano, nos arranjos, ou com sua voz marcante, Norah dominou o estúdio ao gravar “Virginia Moon,” a faixa que fez em parceria com a banda.

A performance de Norah foi tão surpreendente que, em uma entrevista à Rolling Stone em 2006, o saudoso baterista Taylor Hawkins relembrou a experiência com muito bom humor, confessando que se sentiu “ridículo” ao lado dela: “Ela é incrivelmente talentosa. Entrou no estúdio, cara, e fez parecer que nós nem éramos músicos. Ela era a verdadeira musicista, e nós apenas uns caras que mal sabiam como tocar nossos instrumentos”.

“In Your Honor” marcou uma nova fase de experimentação para o Foo Fighters, sendo o álbum duplo mais ousado da banda até então. O segundo disco é inteiramente acústico, com faixas notáveis como “What If I Do?”, “On the Mend”, “Still,” e “Cold Day in the Sun,” além da inesquecível colaboração com Norah Jones.

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