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‘Nós recebemos algumas críticas justas’

O presidente da Fifa, Gianni Infantino, realizou uma entrevista coletiva neste sábado (12), às vésperas da final do Mundial de Clubes, entre Chelsea e Paris Saint-Germain, que acontece no domingo (13).

Ao lado de Kaká, Ronaldo Fenômeno, Del Piero, Roberto Baggio, Stoichkov e Cambiasso, Infantino destacou o saldo positivo da primeira edição da competição, mas disse que ainda tem pontos a melhorar.

“Foi um enorme sucesso. E digo isso por diferentes pontos de vistas. Estou aqui com essas lendas incríveis. Eles fazem nosso coração bater. Tem muitas coisas positivas, alguns negativas. Teremos 500 milhões de pessoas assistindo à final. Eu curto a expressão latina, carpe diem, aproveita o dia, vive o momento. A gente tá vivendo um momento incrível aqui. Talvez ainda nem tenha percebido direito, mas a gente tá vivendo um momento histórico. A gente tá vendo o nascimento de uma competição nova que, só de olhar pra final com cinco continentes representados, já é demais.

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Sem ignorar as críticas, Infantino falou sobre o limite de times por país e explicou a presença de quatro clubes brasileiros (Flamengo, Fluminense, Botafogo e Palmeiras) em comparação com duas presenças da Inglaterra (Chelsea e Manchester City).

“Recebemos algumas críticas justas também. Precisamos melhorar a participação. Eu ouvi gente perguntando por que tem quatro times brasileiros e só dois times ingleses, por exemplo, né? Porque os quatro times brasileiros ganharam a Copa Libertadores, beleza. Mas se o limite por país não for quatro, então se for a cada quatro anos em vez de dois, deveríamos ter quatro times ingleses ou quatro times espanhóis ou quatro times italianos, tanto faz, se forem alemães, se se classificarem. Tem muita coisa pra gente pensar, mas só vamos começar a pensar nisso mais pra frente. Por enquanto, seguimos com isso e depois, em 29, aí a gente vê.

A Copa do Mundo de Clubes em seu novo formato recebeu críticas de nomes como o presidente de LaLiga Javier Tebas e o ex-treinador do Liverpool Jürgen Klopp. Infantino opinou sobre a visão da Europa, no geral, em relação à competição.

A primeira coisa que temos que dizer é que a opinião dos europeus não é que a Copa do Mundo é muito ruim para os clubes, isso não é verdade. Há grandes times aqui, ficaram felizes de virem para cá. Alguns times não puderam vir porque não se classificaram, alguns nos procuraram para tentar participar. Há vozes que fazem críticas negativas, nós respeitamos. Diferentes opiniões são importantes para todos. Eu, como presidente da Fifa, e eu tenho que falar coisas positivas e acredito nisso, mas temos pessoas aqui para falar.

Parte do ex-jogadores que estiveram ao lado de Infantino na coletiva de imprensa também opinaram sobre as críticas ao Mundial. Ronaldo Fenômeno foi um deles:

“Eu vi só dois caras fazendo críticas sobre a Copa do Mundo de Clubes. Um deles odeia tudo que não é a liga (Javier Tebas, presidente de LaLiga). O outro a gente respeita a opinião, mas eu penso que é o que o presidente falou sobre fatos e números.”, disse o ex-camisa 9.

Stoichkov foi mais um a rebater críticas e ainda falou sobre a quantidade de jogos no calendário, algo muito comentado durante a edição do Mundial.

“Em algumas ligas europeias, alguns treinadores e jogadores se queixam, mas não estão aqui. Não estão vendo o que é o futebol. Estão de férias e criticando porque há muitos jogos. Quantos jogos estão jogando? A cada quatro anos, se jogam sete partidas. Na Europa, Champions League, Liga Europa, Liga das Nações, Copa das Confederações, Final Four e aí não reclamam. Ninguém reclamam. Tenho aqui um cara que jogou comigo no Barcelona. Jogamos quase 60 partidas, fomos ao Mundial e jogamos a Copa do Mundo de 1994 aqui nos Estados Unidos, Roby (Roberto Baggio) jogou em 94, e não tem problema. A mentalidade ganhadora tem que surgir em cada jogador e treinador. Temos que dar exemplo. As críticas não servem para nada, simplesmente servem para defender as nefastas coisas que estão fazendo. Os clubes recebem uma quantidade de dinheiro que é fundamental para os times que não estão aqui, porque nenhuma federação dá dinheiro a clubes que não estão aqui.”, disse Stoichkov.

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