Conselheiro, professor, lembra que a comunidade também deve se mobilizar para discutir a melhor solução para as ferrovias de Ponta Grossa
Publicado: 10/10/2025, 23:30

Osni Mongruel Junior é conselheiro na área da Educação –
O conselheiro da área da Educação do Grupo aRede, Osni Mongruel Junior, destaca a necessidade de Ponta Grossa estudar o melhor destino para as ferrovias que ‘cortam’ a parte urbana do Município – veja a reportagem especial aqui. Com o fim da concessão, em 2027, ele lembra a importância histórica da linha-férrea à cidade. Por fim, também dá ideias para os antigos barracões da Rede Ferroviária de Ponta Grossa.
Confira abaixo na íntegra a opinião de Osni, graduado em Odontologia, especialista em Administração de Empresas, professor, diretor do Colégio Sepam e diretor-presidente da Regional dos Campos Gerais do Sindicato das Escolas Particulares (Sinepe/Paraná):
“As ferrovias têm uma grande e histórica ligação com a cidade de Ponta Grossa.
Foram propulsoras do nosso crescimento no início do século passado. Para cá vieram pessoas, empresas, negócios, bens e serviços. Toda a comunidade foi sendo impactada pela atividade dos operários ferroviários e a cidade ‘acostumou-se’ a crescer ao redor dos trilhos.
O tempo passou, o modal ferroviário ‘encalhou’. Nosso país errou e negligenciou os trens com o aumento e pavimentação das rodovias. Hoje, todos pagamos o preço da má gestão.
O atual contrato de concessão das ferrovias da nossa região encerra-se no início de 2027. É preciso que a comunidade se mobilize desde já para serem encontradas a tempo melhores soluções para os problemas causados pelos trilhos que ‘cortam’ a cidade. Devemos observar e apreender com cidades que já passaram por problemas como esses. Entendermos quais foram as soluções encontradas, o que deu certo e mesmo o que deu errado. Esse estudo de realidades ‘externas’, somado aos estudos já realizados (EVTEA) conforme citou o secretário Luiz Henrique Honesko, nos permitirão escolher o que deverá ser feito em nossa cidade.
Já em etapas anteriores, por onde passavam trilhos centrais, poderiam ter sido instalados quando da sua retirada, equipamentos como os VLT, melhorando o transporte público. Novamente, agora, devemos analisar várias opções de uso destas áreas que ‘surgirão’ com a retirada dos trechos que ainda passam ‘dentro da cidade’.
VÍDEO
Assista à opinião do conselheiro da Educação | Autor: Colaboração.
Os trilhos eram distantes e foram ‘alcançados’ pela cidade que continua crescendo. Um contorno ferroviário é necessário, mas precisa vir acompanhado de ampla legislação e estudos para que não volte a ocorrer essa sobreposição de cidade e ferrovia.
Quanto aos barracões e área circundante em Vila Oficinas, uma destinação que priorize a história, com museus e exposições permanentes; espaços culturais e local para feiras/eventos seria importantíssima. Some-se a isso uma grande area para estacionamento que poderia, inclusive, servir aos torcedores em dia de jogo do Operário Ferroviário Esporte Clube (Ofec).
Precisamos aliar passado e presente, de maneira sustentável, trazendo orgulho da história da cidade, gerando riqueza e renda para todos, ferroviários de profissão e/ou de coração“.
CONSELHO DA COMUNIDADE – Composto por lideranças representativas da sociedade, não ocupantes de cargo eletivo, totalizando 14 membros, a iniciativa tem o objetivo de debater, discutir e opinar sobre pautas e temas de relevância local e regional, que impactam na vida dos cidadãos, levantados semanalmente pelo Portal aRede e pelo Jornal da Manhã, com a divulgação em formato de vídeo e/ou artigo.
Conheça mais detalhes dos membros do Conselho da Comunidade acessando aqui.