A China deu um passo decisivo rumo ao restrito grupo de potências navais com o Fujian, seu novo porta-aviões. Trata-se da embarcação de uso militar com o maior nível de avanço já construído no país. O navio é o primeiro da frota chinesa a adotar catapultas eletromagnéticas. Sob a sigla EMALS, esse sistema permite lançar caças e drones com mais eficiência do que as tradicionais rampas que equipam modelos anteriores, como o Liaoning e o Shandong.
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A tecnologia EMALS, até então sob domínio exclusivo dos Estados Unidos e da França, sinaliza um salto tecnológico relevante – e preocupante no tabuleiro da geopolítica. A Marinha chinesa pulou diretamente da rampa para a inovação, ignorando a fase intermediária das catapultas a vapor. Segundo especialistas, o Fujian é um marco na capacidade da China de projetar poder em alto-mar.
Porta-aviões: plena operação até o fim de 2025
Imagens recentes da mídia estatal chinesa, como a CCTV, mostraram caças J-15T sendo lançados do convés com pós-combustão ativada. Desde maio, o navio já passou por oito rodadas de testes no mar. Assim, ele deve atingir plena capacidade operacional até o fim de 2025. Algumas curiosidades sobre o barco gigante:
- Custo de fabricação: US$ 5 bilhões
- Lançamento ao mar: junho de 2022
- Velocidade máxima: 30 nós (55,56 km/h)
- Espaço para aeronaves: 70 a 80 unidades
- Comprimentos: 316 metros
- Largura do convés: 78 metros
- Peso: 85 mil toneladas
O grupo aéreo do Fujian incluirá, além dos J-15T, os novos J-35, caças furtivos comparáveis ao F-35 americano. Aeronaves KJ-600, para alerta antecipado, e principalmente drones de guerra eletrônica e reconhecimento.
O emblema oficial do terceiro porta-aviões da China o Fujian.
Este porta-aviões é o primeiro totalmente projetado pela China, com muitas de suas características não vistas em porta-aviões chineses anteriores. @senolenis@thewarzonewire pic.twitter.com/kbKscP2Cpe
— 3°Guerra Mundial – WW 3 – 🇺🇸🇨🇳🇮🇱🇮🇷🇷🇺🇪🇺 (@MundialWW3) January 2, 2025
Apesar de ainda não superar navios como o USS Gerald R. Ford, o Fujian representa do mesmo modo um avanço significativo. Para Lyle Goldstein, especialista em defesa, “ele mostra que a China está pronta para projetar poder além de suas costas”. O Ocidente, aliás, acompanha com atenção o ritmo acelerado dessa transformação.
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