Você, leitor, certamente já ouviu essa: “Jogou mal, mas venceu com a famosa sorte de campeão”. Pois então, na gélida noite deste domingo, 13, na Neo Química Arena, na zona leste da cidade de São Paulo, o Corinthians conheceu o lado mais ingrato da moeda: o azar típico de quem flerta com o rebaixamento.
Olhe que o time, apesar dos pesares, não fez feio diante do bom Red Bull Bragantino. Entrou ligado, mostrou disposição, criou chances reais de gol e empolgou a Fiel em alguns bons momentos.
Mas vocês sabem como é esse tal de futebol, não é mesmo? Logo no primeiro tempo, Cacá cometeu um pênalti infantil. Entendo toda a reclamação, mas, para mim, o zagueiro foi imprudente e assumiu o risco.
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Não se levanta a perna daquela forma dentro da área, minha gente. Para compensar, o próprio zagueiro buscou redenção — e até conseguiu. Foi dele o gol que deu ao Corinthians um fio de esperança, um sopro de alívio em meio a tanto sufoco.


O golpe final do Red Bull Bragantino contra o Corinthians
Mas aí veio o golpe final. No apagar das luzes, quando tudo levava a crer que o empate seria o placar final, surgiu Thiago Borbas para selar o destino da noite. Gol do Braga. E derrota do Timão diante de sua gente.


É o tipo de roteiro que insiste em assombrar os times em crise. Convenhamos, torcedor: como confiar em dias melhores quando a temporada recomeça assim?
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O Corinthians, hoje, vive perigosamente. Não tem gordura para queimar, não tem margem para erros. E o Z4 — como diria o outro — é logo ali.
Enquanto isso, o azar, que adora perseguir quem não se ajuda, parece cada vez mais à vontade no Parque São Jorge.
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