Lawrence Maximus – 24/06/2025 13h07

O presente artigo analisa o colapso do status de Irã como potência regional no Oriente Médio, resultado de uma série de golpes militares e estratégicos sofridos em conflitos com Israel, além da intervenção dos Estados Unidos e do enfraquecimento de sua rede de aliados.
Ambições nucleares: Ataques israelenses, com apoio dos EUA, devastaram as principais instalações nucleares do Irã, como Fordow, Natanz e Isfahan, atrasando seu programa nuclear por anos e minando sua capacidade de dissuasão estratégica.
Degradação militar: A superioridade aérea de Israel expôs as vulnerabilidades das defesas iranianas. Os ataques eliminaram comandantes militares de alto escalão e infraestrutura crítica, enquanto os contra-ataques do Irã mostraram-se ineficazes.
Rede de proxy: A rede de aliados do Irã, conhecida como “Eixo da Resistência”, foi profundamente enfraquecida. A queda do regime de Assad na Síria interrompeu rotas de suprimentos cruciais para o Hezbollah no Líbano, reduzindo significativamente a capacidade do Irã de projetar poder regional.
Vulnerabilidades internas e externas: O Irã enfrenta isolamento geopolítico, com Rússia e China pouco engajadas e o Ocidente apoiando Israel. Economicamente, o país luta com crises contínuas, exacerbadas por humilhações militares, o que aumenta o descontentamento interno.
Implicações estratégicas: Com o declínio do Irã, Israel emerge como a principal potência militar na região, com os EUA reforçando sua posição estratégica. O bloco sunita liderado pela Arábia Saudita e Emirados Árabes pode expandir sua influência, enquanto Turquia e Qatar também podem ganhar espaço.
Embora o Irã ainda tenha resiliência histórica e possa recorrer a táticas assimétricas para recuperar influência gradualmente, as perdas atuais representam um golpe significativo ao seu papel dominante no Oriente Médio. O país provavelmente enfrentará um longo período de influência reduzida, dependendo de sua habilidade para navegar em um cenário geopolítico hostil.
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Lawrence Maximus é cientista político, analista internacional de Israel e Oriente Médio, professor e escritor. Mestre em Ciência Política: Cooperação Internacional (ESP), Pós-Graduado em Ciência Política: Cidadania e Governação, Pós-Graduado em Antropologia da Religião e Teólogo. Formado no Programa de Complementação Acadêmica Mastership da StandWithUs Brasil: história, sociedade, cultura e geopolítica do Oriente Médio, com ênfase no conflito israelo-palestino e nas dinâmicas geopolíticas de Israel. |
* Este texto reflete a opinião do autor e não, necessariamente, a do Pleno.News.
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