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O que título do Pacers significaria para lendas do time

O Indiana Pacers visita o Oklahoma City Thunder neste domingo (22), às 21h, para disputar o Jogo 7 das Finais da NBA, em partida com transmissão AO VIVO pelo Disney+.

Após vitória convincente por 108 a 91 no Jogo 6, os Pacers agora se encontram a uma vitória de realizar o sonho de uma cidade inteira: ganhar o título da NBA. Essa ânsia pelo troféu Larry O’Brien, que nunca esteve na posse da equipe de Indiana nos seus 58 anos de existência, é melhor personificada pelas lendas da equipe que estavam presentes nas comemorações na quadra do Gainbridge Fieldhouse.

Cercado pelo pandemônio após a vitória mais significativa da história do Indiana Pacers, o ex-astro do time Metta Sandiford-Artest tentou organizar seus pensamentos e colocar a vitória em uma perspectiva histórica.

“Esta cidade merece isso, cara”, disse Sandiford-Artest. “Já faz muito tempo que esperávamos por isso.”

Apesar de nunca terem sido campeões da NBA, os Pacers já chegaram perto de levantar o título na temporada de 1999/00. Com um time de grandes nomes, como Reggie Miller, maior ídolo da franquia até hoje, e Rik Smits, pivô que passou 12 anos na equipe, Indiana perdeu por 4 a 2 para oLos Angeles Lakers nas Finais daquela temporada. Aquele time, entretanto, nunca liderou a série e nunca esteve tão perto de levantar o troféu Larry O’Brien.

Rik Smits, inclusive, também estava nas comemorações em quadra após a vitória no Jogo 6. O pivô não disfarçou o significado da franquia finalmente se aproximar mais uma vez de um título da NBA.

“Esta franquia realmente merece. Tivemos muitos anos excelentes, mas obviamente nunca chegamos tão longe. Então, estou muito feliz pela equipe, pelos proprietários e por toda a cidade. A torcida aqui é ótima. Sempre adorei jogar aqui, então adoraria ver (a gente) ganhar um título”.

Mas a derrota nas finais de 2000 não é o único – e talvez nem o maior – “e se” da história da franquia. Anos depois, na temporada 2004/05, a equipe enfrentaria o Detroit Pistons ainda na temporada regular, e protagonizaria o “Malice at the Palace” (Malícia no Palácio, em referência ao estádio The Palace of Auburn Hills).

No dia 19 de novembro de 2004, os jogadores dos Pacers trocaram socos com jogadores e torcedores dos Pistons, na quadra e na arquibancada. Isso levou a suspensões sem precedentes impostas a Sandiford-Artest, Stephen Jackson e Jermaine O’Neal, que destruíram o que os jogadores pensavam ser um time campeão.

Esses pensamentos voltaram à mente de Jackson, um dos protagonistas do evento, na noite de quinta-feira: “Isso significa tudo para os caras que jogaram [anos atrás] e para os jogadores de agora”, disse ele. “Nós deveríamos ter vencido quando estávamos aqui. Mas não deu certo. Então, é bom ver os jovens trazerem isso de volta”.

A forma que os jogadores atuais de Indiana chegaram até o Jogo 7 também não passou despercebida por essas lendas do Pacers. E eles querem apenas que os mesmos esforços sejam dobrados na partida derradeira.

“São contribuições diferentes de jogadores diferentes a cada noite”, disse Smits. “É realmente um esforço coletivo com eles. Não precisamos depender de um ou dois jogadores mais velhos. Tem sido muito divertido de assistir”.

Isso pode ter sido uma referência ao próprio Pacers de Smits em 1999/2000. Quatro dos cinco titulares daquele time tinham 30 anos ou mais. Isso inclui Reggie Miller, que tinha 35 anos naquela temporada. Este time de Indiana, por sua vez, é liderado por Tyrese Haliburton, de 25 anos, que consolidou seu estrelato durante uma impressionante campanha nos playoffs.

Sandiford-Artest, que assistiu o jogo ao lado de outros ex-companheiros de equipe, achou a montagem dos Pacers revigorante: “Que equipe excelente. Não é como o time de LeBron James. Dessa perspectiva, sinto que, se eles vencerem, isso mudará a forma como as franquias montam seus elencos. Eles estão mudando o esporte”.

E um dos ex-jogadores mais queridos dos Pacers acredita que é exatamente isso que vai acontecer: um titulo inédito para a cidade de Indiana. Lance Stephenson, é categórico em sua previsão para o último jogo da série.

“Acho que vamos conseguir, cara. Vai ser difícil, mas acho que vamos ter um ótimo jogo. Você vai ter um monte de jogadores com dois dígitos de pontuação, e eles vão vencer. Ninguém aqui tem ego. Eles jogam juntos”, previu o ex-armador.


(*Tradução: Vinicius Garcia)

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