O Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DOJ) confirmou, nesta segunda-feira, 21, que recebeu uma denúncia criminal enviada pela diretora de Inteligência Nacional, Tulsi Gabbard. Ela acusa ex-integrantes do governo Obama de terem “fabricado e politizado informações de inteligência” para sustentar a narrativa de que a Rússia tentou interferir nas eleições de 2016.
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A informação é da emissora norte-americana Fox News. O DOJ informou apenas que recebeu o material encaminhado por Gabbard e não comentou o conteúdo da denúncia.
Também nesta segunda-feira, o senador Chuck Grassley anunciou que vai divulgar o apêndice de um relatório de 2018 do inspetor-geral do DOJ. O documento trata da conduta do departamento nas investigações relacionadas à eleição de 2016. O foco é o caso do uso de e-mails privados por Hillary Clinton quando era secretária de Estado.
Na época, o então diretor do FBI, James Comey, afirmou publicamente que Clinton manuseou informações confidenciais de forma inadequada.
Obama e envolvidos devem ser investigados, defende Gabbard
Na sexta-feira 18, Gabbard divulgou documentos não confidenciais que, segundo ela, contêm “provas esmagadoras” contra o ex-presidente Barack Obama e sua equipe de segurança nacional. De acordo com ela, eles prepararam o terreno para a investigação sobre suposta ligação entre o presidente Donald Trump e o governo russo, logo depois da vitória de Trump sobre Hillary Clinton.
“A intenção deles era usurpar o presidente Trump e subverter a vontade do povo americano”, escreveu Gabbard na rede X, na sexta-feira. “Independentemente do poder que tenham, todos os envolvidos nessa conspiração devem ser investigados e processados na extensão máxima da lei. A integridade da nossa república democrática depende disso. Estamos entregando todos os documentos ao Departamento de Justiça.”
Em entrevista à Fox News, neste domingo, 20, Gabbard afirmou que os documentos mostram “provas esmagadoras” de que o governo Obama iniciou o que se tornaria uma longa investigação sobre a alegada interferência russa.
“As implicações disso são francamente históricas”, disse a chefe da Inteligência. “Mais de 100 documentos publicados na sexta-feira mostram em detalhes como essa conspiração traiçoeira foi dirigida pelo presidente Obama poucas semanas antes de deixar o cargo. Isso não é uma questão partidária, é algo sério o suficiente para preocupar todos os americanos.”
