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Obras de asfalto devem ser inteligentes e não ‘a rodo e sem critério’

Henrique Wosiack Zulian é conselheiro na área de Urbanismo –

O conselheiro na área de Urbanismo do Grupo aRede, Henrique Wosiack Zulian, lembra que as obras de pavimentação não devem se aplicar “a asfalto a rodo e sem critério”. Para ele, os projetos de Ponta Grossa – veja a reportagem aqui – precisam ser inteligentes e atender as especificidades de cada região da cidade.

Confira abaixo a opinião na íntegra de Henrique, graduado em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), pós-graduado pela Escola da Cidade e mestre na área de Projeto Arquitetônico pela Universidade de São Paulo (FAU-USP). Ele também tem dezesseis premiações em concursos de arquitetura pelo Brasil, inclusive em Ponta Grossa:

A pavimentação das vias é de suma importância não apenas como funcionalidade da malha, mas para levar dignidade e qualidade urbana para os moradores dessas ruas.

Mas é importante entender que uma implantação inteligente não se resume a aplicar asfalto a rodo e sem critério, pois nem todo tipo de rua pede o mesmo tipo de material. Cada escolha – entre asfalto, paver ou pedra – traz impactos diferentes na durabilidade, no meio ambiente e até na história da cidade.

1 – Novas implantações de ruas:

Em áreas que ainda receberão pavimento, existe uma dúvida comum: usar asfalto ou blocos de concreto, o famoso paver? O asfalto costuma ser mais barato de instalar e ideal para vias com tráfego intenso, como avenidas e corredores de ônibus.

Mas o paver tem ganhado espaço e deve ser utilizado em ruas residenciais. Ele é mais durável, permite que a água infiltre no solo, ajuda a evitar alagamentos e é fácil de manter: se um trecho quebra, basta substituir as peças.

VÍDEO

Assista à opinião do conselheiro da área de Urbanismo | Autor: Colaboração.

 

Além disso, o paver é mais sustentável e tem menor impacto ambiental. O custo inicial é maior, mas ao longo do tempo o seu custo para os cofres públicos torna-se menor por conta da durabilidade e da manutenção simples.

2 – Ruas com calçamento antigo em pedra basáltica:

Agora, em regiões mais antigas, como o Centro de Ponta Grossa, o cenário é outro. Muitas ruas têm o tradicional calçamento de pedra basáltica – uma herança histórica que, além de bonita, é resistente e tem ótima drenagem natural.

O problema é, como muito se fez e ainda faz, aplicar asfalto por cima dessas pedras. A base fica irregular, a drenagem é bloqueada e o asfalto se solta com facilidade, exigindo manutenção constante. Ou seja, o resultado é caro e pouco duradouro.

A melhor solução é restaurar o calçamento original, preservando o visual histórico, a funcionalidade, a economia de recursos públicos e, por consequência, deixando as vias mais seguras e a cidade mais bonita e com maior vocação turística.

Cada rua conta uma parte da história da cidade. Escolher o material certo é unir tecnologia, modernidade, sustentabilidade e respeito ao patrimônio urbano“.

CONSELHO DA COMUNIDADE – Composto por lideranças representativas da sociedade, não ocupantes de cargo eletivo, totalizando 14 membros, a iniciativa tem o objetivo de debater, discutir e opinar sobre pautas e temas de relevância local e regional, que impactam na vida dos cidadãos, levantados semanalmente pelo Portal aRede e pelo Jornal da Manhã, com a divulgação em formato de vídeo e/ou artigo.

Conheça mais detalhes dos membros do Conselho da Comunidade acessando aqui.


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