A quarta onda de frio de 2025 trouxe temperaturas de até -10 °C na Serra Catarinense nesta semana, marcando o auge do inverno brasileiro. Apesar da intensidade do frio, a área de alta pressão que provocou geadas em grande parte da região Sul começa a se deslocar para o oceano, reduzindo gradativamente os impactos sobre as lavouras e propriedades rurais.
Nesta quinta-feira (3), no entanto, várias cidades gaúchas ainda amanheceram com temperaturas abaixo de zero. Em Dom Pedrito, os termômetros marcaram -1,5°C; em Jaguarão, -1,3°C; e em Bagé, -0,4°C. Para esta sexta-feira, a previsão indica mínimas de 5°C no sul do Rio Grande do Sul, 11°C na cidade de São Paulo e 16°C em Mato Grosso, mantendo o desconforto térmico, especialmente para a pecuária, mas sem previsão de temperaturas negativas.
No Sudeste, o tempo gelado dá lugar a uma leve elevação de temperaturas. Em São Paulo, a sexta-feira (4) deve ter máxima de 21°C, após uma tarde gelada nesta quinta. Em Dourados (MS), a previsão indica mínima de 12°C e máxima de 22°C na sexta-feira, subindo gradualmente para máximas de 24°C no sábado (5) e 25°C no domingo (6).
Na região Norte, as chuvas continuam intensas. Em Belém (PA), são esperados acumulados de até 126 mm nos próximos dias. Mesmo sem El Niño ou La Niña, a neutralidade climática favorece incursões de massas de ar polar, trazendo um inverno com características típicas, diferente dos últimos dois anos, que registraram temperaturas acima da média histórica.
O tempo seco predomina em grande parte do Brasil central, incluindo Centro-Oeste, interior do Sudeste e Sul, o que deve beneficiar regiões que sofreram com excesso de chuvas e solos encharcados no primeiro semestre. Na Serra Catarinense, que registrou os -10 °C nesta semana, a previsão para os próximos dias indica mínimas entre 3 °C e 4 °C e máximas que podem chegar a 14 °C, reduzindo o risco de geadas generalizadas.
Para o litoral do Nordeste, há previsão de chuvas fracas e passageiras, enquanto no restante do país o tempo aberto deve predominar. Segundo a Climatempo, julho tende a registrar volumes de chuva abaixo da média no Sul do Brasil, consolidando um cenário mais seco nos próximos dias.