Lawrence Maximus – 13/06/2025 11h45

Por que o mundo está em choque com o ataque realizado por Israel contra o programa nuclear do regime iraniano e suas lideranças?
A atual conjuntura internacional demonstra um estado de perplexidade e consternação diante da operação militar conduzida por Israel contra o programa nuclear do regime iraniano e suas lideranças estratégicas. Essa ocorrência global reflete, em grande medida, a inação histórica dos líderes ocidentais e da Organização das Nações Unidas (ONU), cujas políticas definidas por hesitação, permissividade e mediocridade se desenvolveram para a escalada dos eventos que culminaram na presente situação.
Ao alinharem-se, ao longo das últimas décadas, com regimes totalitários de caráter comunista ou jihadista, essas figuras e instituições se posicionaram no lado equivocado da história, negligenciando os riscos iminentes que tais regimes representam para a estabilidade global.
Conforme escrevi reiteradas vezes, a decisão de Israel, de agir militarmente, fundamenta-se na percepção de uma ameaça concreta e existencial emanada pelo regime iraniano.
Para o Estado Judeu, sobreviver implica enfrentar diretamente esse desafio estratégico, dado que a manutenção do programa nuclear iraniano configura-se como uma potencial sentença de extinção para a sua soberania e a segurança nacional.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que declarou ser imperativo “fazer um acordo antes que não reste mais nada”, apontando as consequências da intransigência do regime iraniano em relação ao acordo nuclear – conhecido como Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA) – que resultaram na eliminação física de seus principais arquitetos e defensores. Essa interpretação evidencia a dimensão crítica das escolhas diplomáticas e militares feitas até o momento.
Por fim, o pronunciamento do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, realizado em 12 de junho, ao anunciar a operação militar, reitera o compromisso de Israel em obrigações com a campanha “por quantos dias forem necessários” até que a ameaça iraniana seja neutralizada.
Tal declaração reflete tanto a determinação estratégica quanto a urgência percebida por Israel em garantir sua segurança diante de um adversário que representa um risco incontestável à sua existência.
![]() |
Lawrence Maximus é cientista político, analista internacional de Israel e Oriente Médio, professor e escritor. Mestre em Ciência Política: Cooperação Internacional (ESP), Pós-Graduado em Ciência Política: Cidadania e Governação, Pós-Graduado em Antropologia da Religião e Teólogo. Formado no Programa de Complementação Acadêmica Mastership da StandWithUs Brasil: história, sociedade, cultura e geopolítica do Oriente Médio, com ênfase no conflito israelo-palestino e nas dinâmicas geopolíticas de Israel. |
* Este texto reflete a opinião do autor e não, necessariamente, a do Pleno.News.
Leia também1 Israel ataca Irã e declara estado de emergência
2 Irã se pronuncia e afirma: “Não fomos os iniciadores da guerra”
3 Israel diz que Irã “está mais perto do que nunca de arma nuclear”
4 Trump pressiona Irã por acordo nuclear: “A coisa só vai piorar”
5 Ataque de Israel matou dois dos principais líderes militares do Irã
em seu celular!
Se você encontrou erro neste texto, por favor preencha os campos abaixo. Sua mensagem e o link da página serão enviados automaticamente à redação do Pleno.News, que checará a informação.
O autor da mensagem, e não o Pleno.News, é o responsável pelo comentário.