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OPINIÃO: Grupo City dá um tapa na cara do Corinthians

O Grupo City, que tem o Manchester City como carro chefe, está acostumado a pagar a cláusula de rescisões e tirar jogadores de outros clubes de forma unilateral.

Faz isso com medalhões e promessas.

Em 2019, pagou 70 milhões de euros e o Atlético de Madrid nada pode fazer para segurar Rodri, que depois virou melhor jogador do mundo no Manchester City.

Recentemente, gastou 6 milhões de euros para tirar uma promessa de 18 anos do modesto Valladolid.

Agora, faz um movimento idêntico no Brasil, onde o Grupo City tem agora também um clube: o Bahia.

Nesta quinta-feira, foi anunciado que o time de Salvador pagou a multa de R$ 14 milhões e tirou do Parque São Jorge uma das maiores promessas corintianas dos últimos tempos: Kauê Furquim.

Como no caso de Rodri, Bahia e City não fizeram absolutamente nada de errado, pelos termos da lei, em contratar Kauê desta forma.

Se existe a vontade do jogador, e a cláusula de rescisão foi paga, nada pode ser feito.

Mas o tapa na cara que o Corinthians recebeu não deixa de ser uma grande crueldade.

Com apenas 16 anos, Kauê vai ter que jogar no Bahia pelo menos até completar 18 anos, já que menores de idade não podem se transferir para outro país.

Se provar seu potencial, certamente vai jogar na Europa quando chegar nos 18.

O Corinthians reclama que a transação anunciada foi um drible na cláusula para clubes do exterior, que era de 50 milhões de euros, ou R$ 315 milhões.

“A estratégia retoma mais um ato daquela antiga e nefasta prática da subtração de talentos, ainda muito jovens, do futebol nacional, levando-os a preço vil para mercados externos, reduzindo o Bahia a um mero intermediador de negócios”, disse o Corinthians por meio de nota oficial”.

O Corinhians não tem como provar suas acusações.

Kauê vai jogar no Bahia, e o futuro de promessas sempre é incerto.

Mas, nesta caso, dá para entender a frustração corintiana, mas com uma enorme ressalva.

O novo futebol, com suas SAFs e conglomerados de clubes com o mesmo dono, torna os negócios com triangulações esdrúxulas cada vez mais comum.

O Corinthians pode ter sido vítima dessa nova ordem. Mas isso quase sempre terá alvos times quebrados, caso do alvinegro.

Ou alguém imagina Palmeiras e Flamengo perderem jovens craques por uma merreca?

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