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OPINIÃO: Neymar, ‘tem que tomar tapa na cara’ e jogar no Brasil

Jogadores do Sport foram intimidados ouvindo um “todo mundo aqui tem antecedente criminal”. Atletas do Palmeiras foram alvos de bombas na concentração. O elenco do Grêmio foi vítima de uma embosca no aeroporto de Porto Alegre.

Nesta terça-feira, foi a vez de atletas do Santos serem alvo da violência psicológica e física que virou marca do futebol brasileiro.

Vândalos invadiram o CT do clube e disseram para o grupo, com Neymar na primeira fila, que “tinham que tomar tapa na cara”.

Chega de achar que tamanha violência é exceção.

O clima de medo e ameaça a jogadores virou a regra do futebol brasileiro.

Normalizar protestos em que a vida de tanta gente é colocada em risco não tem nada de “futebol raiz”, de “pressionar os caras para eles jogarem mais”.

Todo jogador de futebol que tem a oportunidade de atuar em outro país deveria pensar muito antes de assinar contrato com um time brasileiro.

Aqui hoje se ganha muito dinheiro, muito mais do que qualquer outro país sul-americano. Medalhões em fim de carreira faturam até mais do que na Europa.

Mas é duro ir para um jogo ou um treino e saber que sua vida está em jogo.

Imagino o medo de esposas, mães e filhos de atletas com o clima de terror que muitas torcidas organizadas decretaram em clubes de Norte a Sul.

Jogar no Brasil pode encher os bolsos. Mas cada vez mais é uma roubada.

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